Mosquito, pernilongo, muriçoca e carapanã. São vários os nomes que esse bichinho tão pequeno, mas que pode causar tanto desconforto, recebe pelo Brasil. Não importa como o chame, é essencial estar atento aos cuidados preventivos contra as picadas deste inseto e entender como lidar da melhor forma com possíveis reações alérgicas, sobretudo nos dias de altas temperaturas. Pensando nisso, especialista da Prevent Senior compartilha informações e dicas para dias de calor sem transtornos.
Dias mais quentes propiciam uma diversidade de opções de lazer e garantem momentos memoráveis, mas o calor e a umidade também favorecem uma maior proliferação de mosquitos que, em contato com organismo humano, podem gerar não apenas o desconforto comum, mas reações alérgicas mais delicadas. Além disso, é comum que, nesses dias, a pele fique mais exposta, o que também aumenta as chances das picadas de mosquitos.
Afinal, como um inseto tão pequeno pode causar tanto desconforto?
“Os mosquitos são parte de um grupo de insetos que podem ser bastante diferentes entre si, mas que compartilham de características em comum: o fato de a fêmea ser hematófaga, ou seja, se alimentar de sangue humano ou de outros mamíferos”, explica o dermatologista e chefe da especialidade na Prevent Senior do Rio de Janeiro, Lucas Serrão.
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O médico ressalta que é na busca pelo alimento que as picadas ocorrem e as reações no corpo são desencadeadas após o contato da saliva do mosquito com a pele, já que essa substância é identificada pelo organismo como um invasor, fazendo com que o sistema imunológico ative o estado de defesa. “Nesse processo ocorre a liberação de muita histamina, que é a principal mediadora da coceira. Esse é o principal motivo de as picadas de inseto coçarem tanto”, complementa.
Por que a picada do mosquito às vezes resulta em alergia?
A alergia é uma resposta excessiva do sistema imunológico contra substâncias que entram em contato com o corpo. No caso da picada de mosquito, a saliva do inseto provoca reações exageradas em pessoas hipersensíveis (alérgicas). “Nesses casos, a liberação de histamina ocorre em maior quantidade, ou seja, aumenta a coceira no local e em outras partes do corpo. Podem também aparecer bolinhas, placas, edemas e inchaço na boca”, alerta o dermatologista.
Apesar de raros, há casos em que alergias graves podem desencadear consequências mais sérias, como infecção bacteriana devido a contaminação do local ou até mesmo dificuldade respiratória como resposta alérgica. “Nesses casos, é importante ter a avaliação de um médico para receber a melhor orientação, respeitando a individualidade de cada episódio”, orienta o médico.
A prevenção é a maior aliada
Cuidados redobrados podem evitar transtornos com as reações às picadas de mosquitos. Mesmo com o aumento da proliferação desses insetos em dias mais quentes e maior exposição do corpo pelo uso de roupas mais leves, é possível tomar medidas preventivas que evitam maiores incômodos com esse bichinho. Veja, abaixo, seis dicas para aproveitar o calor de forma mais tranquila, elencadas pelo médico alergista e imunologista da Prevent Senior, Danilo Gois.
1 – Uso de repelentes na pele
O melhor repelente não será o mesmo para todas as pessoas. Dessa forma, o importante é escolher produtos autorizados pelas autoridades sanitárias e atentar-se para as orientações do rótulo para escolher o produto mais adequado de acordo com a sua individualidade. Quanto ao uso infantil, é importante respeitar a faixa etária indicada.
Repelentes naturais também são boas opções para espantar os mosquitos. Já existem compostos prontos no mercado com o uso de ervas, especiarias e plantas. No entanto, é importante lembrar que mesmo sendo natural, o composto pode causar alergia e, por isso, é recomendado o uso apenas com orientação médica.
2 – Barreiras físicas para impedir a passagem do mosquito
Para não se preocupar com a presença inoportuna do inseto em casa, o uso de telas nas janelas e mosquiteiros em volta do local de dormir é forte aliado. Principalmente em casos de bebês que ainda não andam, o mosquiteiro no berço e no carrinho ajudam nessa prevenção.
3 – Não deixe água parada e mantenha o terreno da casa sempre limpo
Você também pode evitar a maior proliferação de mosquitos retirando possíveis pontos focais de criadouros de mosquitos. Retire entulho ou qualquer material que acumule água parada ou umidade.
4 – Uso de repelentes elétricos, velas ou difusores de essência
Colocar repelentes elétricos, velas ou difusores de essência de citronela em lugares estratégicos, como a entrada de portas e janelas, ajuda na proteção contra os mosquitos. Mas, atenção! O uso desses itens não é indicado quando houver bebê ou pessoas alérgicas no ambiente.
5 – Evite locais onde há grandes quantidades de mosquitos
Sobretudo para pessoas alérgicas, é importante evitar lugares onde há grande quantidade de mosquitos. Áreas úmidas no fim da tarde ou à noite devem ser evitadas para diminuir o risco às reações alérgicas.
6 – Use roupas que dificultem o contato do inseto com a pele
Quando for inevitável estar em um local com mosquitos, use estrategicamente roupas que deixem o corpo menos exposto, como camisas de mangas compridas e calças. Dê preferência para roupas com tecidos naturais que não esquentam demais no calor e permitam a respiração da pele.
Tratamento e alívio dos sintomas
De forma geral, as reações mais comuns à picada de mosquito são manchas avermelhadas, inchaço, coceira e inflamação. Esses sintomas podem levar dias para sumir por completo. Por isso, destacamos algumas formas de cuidados simples e práticos que você pode utilizar para aliviar os sintomas.
Cuidados que podem salvar vidas
Com essas ações preventivas, é possível não apenas se proteger do incômodo ou as reações alérgicas à saliva dos mosquitos, mas de doenças mais graves, como dengue, zika, chikungunya, malária e febre amarela, que também são transmitidas por diferentes espécies do inseto. A prevenção é a maior aliada na luta contra todas elas e representa um ato de cuidado coletivo, pois além de proteger você e sua família, tem impacto positivo na comunidade.
E lembre-se: somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, recomendar tratamentos e receitar medicamentos.
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