Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Curtin, na Austrália, identificou que as proteínas spike, do vírus SARS-Cov-2, ficaram presas quando entraram em contato com silício, ouro e cobre. Além disso, o estudo também descobriu que os campos elétricos, gerados por esses elementos, podem ser usados para destruir essas proteínas e, provavelmente, matar o vírus causador da COVID-19.



 "Os coronavírus têm proteínas de pico em sua periferia que lhes permitem penetrar nas células hospedeiras e causar infecção e descobrimos que essas proteínas ficam presas à superfície do silício, ouro e cobre por meio de uma reação que forma uma forte ligação química", disse Nadim Darwish, principal autor do estudo, ao site EurekAlert!.

 

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Segundo os pesquisadores, a descoberta indica que esses elementos químicos podem ser usados em filtros de ar, como revestimento de bancos, mesas ou paredes e, até mesmo, em tecidos e máscaras faciais. A descoberta é vista com entusiasmo, pois aponta para a possibilidade de desativação de uma das principais proteínas do vírus que causou mais de 14 milhões de mortes, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 "Descobrimos que a corrente elétrica pode passar pela proteína spike e, por isso, a proteína pode ser detectada eletricamente. No futuro, essa descoberta pode ser traduzida para envolver a aplicação de uma solução em um cotonete bucal ou nasal e testá-la em um pequeno dispositivo eletrônico capaz de detectar eletricamente as proteínas do vírus. Isso forneceria testes Covid instantâneos, mais sensíveis e precisos," explicou o coautor da pesquisa, Essam Dief. O estudo foi publicado no periódico Chemical Science e pode ser acessado na íntegra neste link.

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