Um levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelou que, entre 2023 e 2025, mais de 8 mil mulheres podem ser diagnosticadas com câncer de mama por ano.
De acordo com a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), todas as mulheres com mais de 40 anos devem fazer a mamografia anualmente. Já as mulheres que possuem histórico familiar da doença em idade jovem (abaixo dos 50 anos) e irradiação prévia do tórax, são consideradas do grupo de maior risco, por isso, devem iniciar os exames mais cedo.
"Os exames preventivos de imagem, especialmente a mamografia, são a melhor forma de diagnosticar a doença precocemente, o que é fundamental para aumentar as chances de cura da paciente", explica o mastologista Omar Filogônio.
O médico destaca ainda a importância das mulheres ficarem atentas aos fatores de risco para a doença, como: obesidade, sedentarismo, consumo de bebidas alcóolicas, histórico familiar, entre outros.
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"Nódulos palpáveis e geralmente indolores, secreção pelo mamilo, alteração da pele da mama, inversão do mamilo, abaulamento ou assimetrias nas mamas precisam de atenção. Qualquer alteração na mama deve ser examinada por um mastologista, para determinar se é benigna ou não e se pode implicar em risco para desenvolver câncer", alerta.
O estilo de vida agitado e estressante também está contribuindo para que as mulheres deixem os cuidados com a saúde em segundo plano.
"Desde a pandemia, por medo de contrair o vírus da COVID-19, muitas mulheres adiaram a mamografia de rotina e diagnósticos precoces deram lugar a um estágio mais avançado da doença para milhares de pacientes. O cenário ainda se mantêm mas não em função da pandemia, e sim por conta do estilo de vida que grande parte das mulheres têm hoje. Os cuidados com a saúde acabam ficando de lado em detrimento à questões profissionais e filhos, por exemplo. Porém, é importante ressaltar que o diagnóstico precoce salva vidas. Mulheres diagnosticada com câncer de mama em estágio inicial possuem até 90% de chance de cura da doença. É preciso que elas voltem a se priorizar, colocando o autocuidado, a saúde e seu próprio bem estar em primeiro lugar", diz Filogônio.