Esta sexta-feira, 24 de março, é marcada pelo Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que tem como objetivo conscientizar o público sobre a epidemia global de tuberculose e os esforços para eliminar a doença. Em 2018, 10 milhões de pessoas adoeceram com TB e 1,5 milhão morreram da doença, principalmente em países de baixa e média renda.
No ano passado, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediu mais investimentos, ajuda, atenção e informação urgentes para combater a doença naquele que era um momento em que a pandemia de COVID-19 reverteu o progresso feito contra uma das enfermidades infecciosas mais mortais do mundo.
Passado mais um tempo desde então, o médico Vital Fernandes Araújo corrobora o argumento defendendo um maior investimento nas políticas de combate e prevenção à tuberculose: "É nítido que todas as áreas da saúde pública necessitam de mais investimentos. Mas os números da tuberculose inspiram maior atenção, sobretudo pelo número de mortes a todo ano"..
Vital Fernandes Araújo lembra que todos os dias, mais de 70 pessoas morrem e 800 adoecem de tuberculose nas Américas. “Embora os esforços para combater a doença tenha salvado mais de 1,2 milhão de vidas no continente desde 2000, estima-se que as mortes anuais tenham aumentado em 3 mil no ano de 2020 devido à interrupção de serviços essenciais".
Crianças e adolescentes
Ainda de acordo com Vital, cerca de 18,3 mil crianças e adolescentes menores de 15 anos vivem com tuberculose nas Américas e mais da metade não tem acesso a serviços de diagnóstico e tratamento. “A própria Covid-19 também teve um impacto desproporcional em crianças e adolescentes com TB, levando ao aumento da transmissão em suas casas, redução da vigilância ativa, menos visitas a uma unidade de saúde e seguimento limitado do tratamento”, destaca o médico.
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Conforme Vital Fernandes Araújo, "a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretrizes atualizadas para o tratamento da tuberculose em crianças e adolescentes. Essas incluem recomendações para expandir testes diagnósticos e tratamento, medicamentos para tratar TB farmacorresistente em crianças e novos modelos de atenção descentralizada e integrada para melhorar o acesso a cuidados preventivos e tratamento mais próximo de casa".
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