Lula

O médico do presidente, o cardiologista Roberto Kalil Filho, afirmou à reportagem que o presidente está num quadro 'superestável'

Lula Marques/Agência Brasil


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na noite desta quinta (23), o presidente Lula deu entrada no hospital Sírio-Libanês de Brasília com suspeita de pneumonia. Logo após, o quadro foi confirmado.

 

O médico do presidente, o cardiologista Roberto Kalil Filho, afirmou à reportagem que o presidente está num quadro "superestável". O petista descansa no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

 

Lula cancelou todas as suas agendas desta sexta-feira (24) e adiou a sua viagem para a China, que estava prevista para a manhã deste sábado (25).

 

 

 

Causada normalmente por infecções virais e bacterianas, a pneumonia atinge os pulmões, resultando em problemas respiratórios. Em pessoas com mais de 65 anos, a doença é considerada como de maior risco. Crianças, fumantes e imunossuprimidos também entram no grupo considerado de maior risco para a complicação.

O QUE É A PNEUMONIA?

A pneumonia é uma infecção que afeta o pulmão. Esse órgão é formado pelos chamados alvéolos, comparados a pequenos sacos que se enchem de ar no momento da respiração. Na pneumonia, os alvéolos ficam cheio de líquido e pus. Com isso, a capacidade de respirar fica afetada por causa da inflamação e, então, sintomas respiratórios podem aparecer. 

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA PNEUMONIA?

A depender da gravidade da pneumonia, os sintomas variam. Tosse, febre, dificuldade de respirar e fadiga são os mais comuns, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Alguns pacientes também podem apresentar confusão.

 

Para as crianças menores de cinco anos, um dos grupos de maior risco, a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) considera três tipos de pneumonia.

 

O primeiro tipo consiste em sintomas básicos, como dificuldade respiratória, respiração acelerada e tosse.

 

A pneumonia grave, segundo tipo na escala considerada pela Opas, inclui a presença de retração do tórax e batimento das asas do nariz, quando a abertura do nariz na respiração é maior do que normal, indicativo de dificuldade de respirar.

 

Por último, o quadro considerado muito grave pela organização engloba convulsão e vômito de tudo que foi ingerido, entre outros sintomas. 

O QUE CAUSA ESSA CONDIÇÃO?

Uma pneumonia pode surgir por diferentes razões, mas as mais comuns envolvem infecções virais e bacterianas. A COVID, por exemplo, era um caso de uma doença respiratória que podia levar um paciente a um quadro de pneumonia grave. A influenza e o vírus sincicial respiratório são outras causas do problema nos pulmões.


No campo das bactérias, a pneumococo é uma das mais conhecidas entre as que podem levar a um quadro de pneumonia.

 

O diagnóstico do que causa a pneumonia também depende de diferentes fatores. Além de observar os sintomas, exames laboratoriais podem ser utilizados para identificar o agente causador.

 

Raio-X também pode apontar o que causa a complicação. Por exemplo: em crianças de até cinco anos, a pneumonia associada a uma bactéria deve resultar em uma imagem densa, lembrando um algodão com algumas áreas mais esbranquiçadas, do tórax do pequeno. 

A PNEUMONIA É GRAVE?

A complicação pode causar quadros que vão de leve até mais preocupante em todas as pessoas. No entanto, alguns grupos são mais suscetíveis a evoluir para gravidades.

 

As crianças formam um desses grupos. Segundo a OMS, a infecção foi responsável por 15% das mortes em menores de cinco anos no mundo em 2017, totalizando 808 mil só naquele ano.

 

No Brasil, chama atenção a quantidade de crianças mortas por causa da pneumonia entre os yanomamis, povo indígena que enfrenta uma crise humanitária. Em 2021, 33% das mortes por causas evitáveis de menores com até cinco anos ocorreram por causa de pneumonia.

 

Além das crianças, pessoas com mais de 65 anos, fumantes e imunossuprimidos são outros grupos que apresentam maior risco para pneumonia. 

COMO É FEITO O TRATAMENTO?

O tratamento varia a depender da causa. Por exemplo, se for identificado que o agente causador é uma bactéria, antibióticos devem ser utilizados. Em casos de viroses, medicamentos antivirais podem ser adotados em situações mais graves. Antitérmicos e analgésicos também podem compor o arsenal a fim de amenizar os sintomas.

 

Para casos mais graves, também pode ser indicada a hospitalização do paciente. 

É POSSÍVEL SE PREVENIR?

Evitar a pneumonia passa por se prevenir dos agentes que normalmente causam a complicação. Nesse caso, vacinas que protegem contra vírus e bactérias são recomendados. Por exemplo, imunizantes contra a COVID-19 irão evitar que a infecção evolua até causar uma pneumonia.

 

Além disso, a OMS recomenda um estilo de vida saudável, manter hábitos de higiene como lavar as mãos e parar de fumar para reduzir riscos.