O uso de brincos, alargadores e piercings pode resultar em uma reação no corpo. Isso será determinado pelo material dos acessórios, ou pelo mau uso deles. Como resultado, podem surgir infecções, reações alérgicas, inflamações na pele e até mesmo cicatrizes. Nesse último caso, serão necessárias medidas corretivas. Por isso, é importante ter atenção e acompanhar a cicatrização.
De acordo com a enfermeira e bodypiercer Jaqueline Luquini, especialista em furo de orelha humanizado, é importante estar atento a toda alteração que surgir. Quando as orelhas não reagem bem a algum acessório, por exemplo, pode dizer algo sobre o corpo. Por isso, é válido acompanhar o surgimento de qualquer alteração que surja.
"A maioria das causas de intercorrências está relacionada a falta de cuidados pós-procedimento do cliente ou por uma técnica inadequada do profissional executante. Exemplo disso é o granuloma, o primeiro alerta de que a cicatrização do seu piercing ou brinco não vai bem. Os granulomas são uma resposta inflamatória do corpo para poder se proteger de traumas, ou por conta da angulação, mão contaminada ou até mesmo como uma tentativa do nosso organismo de expulsar corpos estranhos presentes nele, como no caso de piercings. Eles se apresentam como uma bolinha de cor rosada e geralmente são reversíveis", comentou.
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Diante disso, Jaqueline explica a importância em colocar brincos e piercings com profissionais qualificados e utilizar joias biocompatíveis, certificadas e estéreis, já que a biossegurança é o fator número 1 que deve ser levado em conta por qualquer pessoa.
"O mais recomendado é que a joia seja de titânio e que angulação seja feita respeitando as particularidades da anatomia da orelha. A higiene diária com soro fisiológico e evitar dormir do lado do local perfurado fazem parte dos cuidados que devem ser seguidos pelo cliente até a cicatrização completa", explicou.
"Quando algo não vai bem, os sinais observados no local são coceira, inflamação, vermelhidão, inchaço e até secreção. É preciso que a cliente busque suporte do profissional e que este seja qualificado e competente para saber lidar com as intercorrências", concluiu.
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