A adolescência é marcada pela grande maioria dos indivíduos como uma fase de autoconfiança. De acordo com dados divulgados pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil lidera o ranking de nações que mais realizam procedimentos estéticos no mundo e pesquisa da academia americana de cirurgia facial, plástica e reconstrutiva aponta que 56% dos cirurgiões pesquisados notaram um aumento no número de clientes com menos de 30 anos. 





Para o cirurgião plástico Ercilio Martins da Costa, está enraizado na cultura brasileira, a ideia de que fazer procedimentos cirúrgicos de maneira esporádica deve ser um hábito comum. No caso dos adolescentes em específico, existe uma comparação natural que pode ser iniciada em ambiente escolar e se estende aos meios digitais, onde a exposição excessiva de corpos seguem os padrões sociais e serve como referência ao setor juvenil.

“A comparação dos corpos entre os adolescentes é um fator natural e cultural do ser humano que pode se tornar uma problemática a partir do momento em que a busca ultrapassa a barreira do que é real e alcançável pelas pessoas. O fato se dá, principalmente, pelas redes sociais, que por vezes se tornam fontes de referência se torna a busca pelo padrão físico e comportamental praticamente inalcançável”, explica o médico.

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As cirurgias plásticas mais procuradas

Para o cirurgião plástico Ercilio Martins da Costa, o público jovem se revela como importante expoente mercado sendo impulsionado pelos influenciadores digitais

(foto: Arquivo Pessoal)
Os procedimentos mais procurados são variados. Entretanto os que lideram os gostos da molecada são as próteses de silicone nos seios, a redução de mama, ginecomastia (redução de mama masculina), lipoaspiração, rinoplastia (correção do nariz) e otoplastia (correção das orelhas). A procura por tais procedimentos gera também aos pacientes uma necessidade de perfeição na busca pelo corpo idealizado.




 
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Ercilio Martins da Costa enfatiza que "grande parte dos procedimentos como lipoaspiração e rinoplastia 99% das vezes são procurados para fins estéticos e comparativos, poucas vezes por questão de saúde física. É válido que as pessoas queiram utilizar das cirurgias plásticas com a intenção de levantar a autoestima, mas isso pode se tornar uma problemática quando a busca se torna excessiva e por um modelo de corpo inalcançável na vida real".

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