Além do mel, as abelhas produzem outras substâncias benéficas à saúde, como a própolis, muito usada em forma de spray para tratamento de inflamações e dores na garganta. Mas um novo estudo do Journal of Diabetes & Metabolic Disorders, revista científica referência em pesquisas relacionadas ao diabetes e distúrbios metabólicos, apontou possíveis novos efeitos positivos dessa substância quando utilizada como suplemento alimentar.
Para chegar a esses resultados, os pesquisadores realizaram uma revisão sistemática de 12 estudos, todos eles randomizados e controlados, que também sugerem que a suplementação alimentar com própolis pode reduzir inflamações e o estresse oxidativo decorrentes do diabetes. Em pessoas com condição de pré-diabetes, o uso do composto pode ajudar a regular os níveis de triglicerídeos e aumentar o colesterol HDL, conhecido popularmente como "colesterol bom".
Isso se deveria à presença de grande número de antioxidantes na própolis. "Os principais constituintes da própolis responsáveis pela atividade biológica são flavonoides como rutina, quercetina, galangina, CAPE, terpenos, fenóis, β-esteróides, sesquiterpenos e aromáticos", descreve o estudo. A rutina, por exemplo, é conhecida como um poderoso antioxidante e anti-inflamatório e teria também propriedades antibacterianas e anticarcinogênicas. Já a quercetina, muito comum em frutas, vegetais e encontrada no vinho tinto, atua na redução dos radicais livres que circulam pelo organismo.
"Os resultados são muito animadores, pois a própolis é um produto natural e acessível, que demonstra cada vez mais benefícios à saúde", explica o doutor em engenharia de alimentos e CEO da Baldoni, Daniel Cavalcante.
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O especialista conta que a própolis silvestre é produzida pelas abelhas a partir da seiva das árvores, caules e folhas de plantas genuinamente brasileiras. É rica em vitaminas, aminoácidos e bioflavonóides. Já a própolis verde é produzida na colmeia a partir da resina do Alecrim-do-campo e contém mais de 70 substâncias benéficas ao organismo, como o artepillin-C, substância que está sendo pesquisada por possível benefício na prevenção e tratamento do câncer.