Além dos sintomas clássicos já conhecidos, como dificuldade de aprendizagem, dores de cabeça, coceira nos olhos e lacrimejamento, os problemas de visão não tratados podem causar prejuízos emocionais para as crianças, especialmente na primeira infância. Não conseguir enxergar bem pode afetar o comportamento e ser uma barreira para a socialização infantil, aspecto inerente ao desenvolvimento integral dos pequenos.
O sinal de alerta é quando aquela criança alegre passa a ficar mais quieta e triste, sem motivo aparente, ou aquela que é focada e calma passa a ficar mais ansiosa, impaciente e irritada. Nesses casos, pais e responsáveis precisam buscar a orientação de um profissional de saúde. "Se após a investigação médica as mudanças de comportamento estiverem associadas aos sintomas clássicos mencionados, mas não refletirem nenhum transtorno psicológico, será o momento de marcar uma consulta oftalmológica", destaca.
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Aliás, ainda que não apresente nenhum sinal ou sintoma, é indispensável que todas as crianças sejam examinadas por um oftalmologista no primeiro ano de vida, entre 6 e 12 meses e posteriormente entre 3 e 5 anos de idade, e mantenham um acompanhamento anual, conforme orientam as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP).
O desenvolvimento visual da criança ocorre até os sete anos de idade, por isso é desejável que o diagnóstico e tratamento de possíveis alterações oculares que comprometam esse desenvolvimento sejam realizados prematuramente.
O diagnóstico precoce de uma condição visual é benéfico para o desenvolvimento cognitivo e da inteligência emocional.
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