Nos últimos anos, a busca por um corpo ideal e saudável tem sido cada vez mais frequente. Porém, a utilização de esteroides anabolizantes, que muitas vezes são prescritos por médicos, vem gerando polêmicas e riscos à saúde. Recentemente, o Conselho Federal de Medicina proibiu a prescrição desses medicamentos para fins estéticos, ganho de massa e desempenho esportivo, o que tem levado muitas pessoas a procurarem alternativas para alcançar seus objetivos, dentre elas a fitoterapia.
A fitoterapia é um tratamento baseado no uso de plantas medicinais, que têm propriedades terapêuticas comprovadas. Ela é muito utilizada em diversas áreas da saúde, como a nutrição. Para o nutricionista Thiago Cunha, sócio da Clínica Be Light e especialista em performance, emagrecimento e longevidade, a fitoterapia pode ser uma alternativa saudável e eficaz para aqueles que buscam uma melhora na performance e hipertrofia muscular, sem recorrer aos esteroides anabolizantes.
"O grande diferencial desse tratamento é a utilização dos fitoquímicos das plantas medicinais, tornando o processo mais natural e menos agressivo quimicamente. Um bom exemplo é a utilização dos fitoquímicos presentes na beterraba que é rica em nitrato, para a formulação de um bom pré-treino. Ela vai contribuir de forma significativa na hipertrofia e na recuperação muscular, por conta da melhora no transporte de nutrientes para o tecido muscular", explica o nutricionista, que acrescenta mais uma utilização benéfica da fitoterapia. "Outro exemplo é o chá ou a tintura de passiflora. A passiflora é um fitoquímico encontrado nas flores do maracujá e vem tendo bons resultados no controle da ansiedade e da compulsão alimentar", informa.
O uso de esteroides anabolizantes sem uma alimentação e suplementação adequada pode levar a graves problemas de saúde, como disfunções hepáticas e cardíacas, além de alterações hormonais que podem afetar a saúde mental e física do indivíduo. Já a fitoterapia, aliada a uma dieta equilibrada e suplementação adequada, pode trazer resultados expressivos e sem riscos à saúde.
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"A utilização de esteroides anabolizantes sem uma dieta realmente voltada para o objetivo do paciente é uma grande ilusão e pode ter um efeito ainda mais deletério. O treinamento constante e uma dieta regular acompanhada por um profissional são os principais fatores que vão contribuir no resultado esperado pelo paciente. Na maioria dos casos o paciente vem em busca de ganho de massa magra e perda de gordura. Com a utilização de esteroides, é esperado um resultado mais rápido, mas sem o real aporte de nutrientes não será possível. O uso de anabolizantes em uma dieta desbalanceada ou mal planejada, além de não obter grandes resultados, pode levar a grandes complicações de saúde", ressalta Cunha.
Com o decreto do Conselho Federal de Medicina, as prescrições de esteroides anabolizantes para fins estéticos e esportivos devem ser evitadas pelos médicos. Isso pode levar a uma maior procura por alternativas, como a fitoterapia, que pode trazer resultados satisfatórios e sem riscos à saúde.
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"A dieta e o treino sempre serão soberanos quando falamos de hipertrofia muscular. Não podemos esquecer do descanso, pois a musculatura se regenera (cresce) na recuperação após o treinamento. Além disso, a fitoterapia vem apresentando excelentes resultados nos tratamentos e prevenção a obesidade. Não só isso, como também os últimos estudos asseguram que o uso de fitoterápicos tem contribuído de forma positiva no tratamento adjuvante da diabetes, reforçando seu caráter saudável", complementa o nutricionista.
Por fim, Thiago acrescenta que o mercado de anabolizantes sem prescrição médica ainda existe de forma ilegal, e que mesmo com sua proibição, os anabolizantes não irão desaparecer. A grande questão apontada pelo profissional é sobre como a população pode se informar sobre os possíveis riscos para entender com o que estão lidando.
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"Devemos lembrar que o mercado "underground" de esteroides existe e está presente na sociedade. Será que com esse recente decreto não teremos mais usuários nas mãos de profissionais menos qualificados? Além dos esteroides que já conhecemos, deve-se ter uma real atenção aos novos tratamentos, como por exemplo o "chip da beleza". A grande maioria desses tratamentos também envolve o uso de hormônios. Quem sai perdendo com isso é o cidadão comum, que fica perdido em meio a uma enorme quantidade de propagandas sem a real clareza dos riscos. A vantagem nisso tudo é trazer o assunto à tona e colocar em foco para um amplo debate. O assunto ainda é polêmico e carece de maior discussão", finaliza Thiago.
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