DNA

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A data de 25 de abril, quando é referenciado o Dia Mundial do DNA, lembra os 70 anos da descoberta da estrutura e descrição de sua molécula, em 2023. Para marcar o dia, criado para incentivar a divulgação e o ensino dos avanços da genética, a Genera, laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal que realiza testes de ancestralidade, saúde e bem-estar, apresenta o estudo inédito O perfil do DNA do brasileiro na saúde e bem-estar.

Com base na análise de 200 mil DNAs de todas as regiões brasileiras, a pesquisa traz um perfil das características de saúde e propensões de doenças da população, entre elas as consideradas alertas para a saúde pública. O estudo foi realizado com pessoas com idades entre 18 e 65 anos, sendo 2% do Norte, 9% do Nordeste, 9% do Centro-Oeste, 62% do Sudeste e 18% Sul do Brasil, de todas as classes sociais, que adquiriram o teste ao longo dos 13 anos de existência da marca.

"Graças ao avanço da tecnologia os testes possibilitam avaliar as predisposições de cada pessoa a determinadas doenças, mas é importante pontuar que os resultados não devem ser encarados como sentenças definitivas. Devem ser interpretados como um instrumento adicional para avaliação de um especialista, com a adoção de cuidados preventivos, como hábitos de vida mais saudáveis, exames complementares e/ou check-ups regulares", explica Ricardo Di Lazzaro, médico especializado em genética e CEO do laboratório.

O estudo

Dados comprovam que câncer de próstata, diabetes e doença celíaca devem receber mais atenção a partir dos 45 anos. A diabetes é uma doença que está associada à dificuldade do organismo de produzir ou responder a insulina e costuma aparecer principalmente com o avançar da idade. Pessoas com mais de 45 anos e consideradas de alto risco pelo teste genético apresentam um aumento de 150% na propensão de desenvolver a doença, se comparadas a indivíduos de baixo risco.

No caso da doença celíaca, quase 4% das pessoas analisadas, dentro da régua de propensão de alto risco para desenvolver a doença, tiveram confirmação positiva para o problema em exames laboratoriais posteriores para diagnóstico. No caso de pessoas com idade superior a 55 anos, mais de 6% apresentaram a intolerância ao glúten na avaliação diagnóstica.

Um dos destaques do estudo interno é referente ao câncer de próstata. Ao analisar as porcentagens referentes à baixo e alto risco, observa-se que, à medida que a idade do paciente aumenta, a predisposição fica mais aparente. Pessoas com mais de 55 anos apresentam 2,4 vezes maior risco de alterações nos exames com relação àquelas de baixo risco detectado.

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"Esses dados comprovam que ter conhecimento sobre as próprias condições genéticas, incentivar o acesso aos métodos preventivos de doenças, ao rastreamento e ao monitoramento regular delas, é o caminho mais recomendado para a tão almejada longevidade aliada à qualidade de vida", reforça Ricardo Di Lazzaro.

Risco aumentado para cânceres


É sabido que o câncer, na verdade, é um conjunto de mais de 100 doenças, que tem em comum o crescimento desordenado das células, apresentando altas taxas de morbidade hospitalar e mortalidade. O levantamento revela quais tipos se destacam para propensão de alto risco entre os brasileiros da amostra.

A maior predisposição ao câncer de mama foi a mais prevalente, dentro desse recorte, registrando 30,97% das pessoas analisadas, seguida pelo câncer de próstata, com 23,57%. Foi constatada ainda a significativa presença do câncer de ovário, com 19,84%, bem como o de tireoide, com 18,9%. Na sequência, o estudo traz o de bexiga (18,13%), colorretal (16,44%) e melanoma (11,12%).

Em outra pesquisa realizada pela Genera, ficou constatado que mais de 70% das pessoas que conhecem suas predisposições, a partir de um mapeamento genético, tomam alguma atitude ou mudam seus hábitos para terem uma vida mais saudável. Destes, aproximadamente 50% buscam orientação médica nos consultórios.

"É de suma importância destacar a ida dos nossos clientes aos consultórios. Estamos falando de rastreamento, prevenção de doenças e acesso à informação, tanto para o paciente quanto para a equipe multidisciplinar", complementa Di Lazzaro.

Intolerância à lactose tem propensão média em relação a outros países

Comparando o resultado brasileiro da característica para a intolerância à lactose com outras populações, há uma faixa de variação grande. O resultado da Genera mostra que 51% dos brasileiros têm predisposição para desenvolver intolerância à lactose. Ao comparar com bancos de dados disponibilizados pela comunidade cientifica, foi possível observar que, em populações com origem no norte da Europa e Europa Ocidental, a frequência é de 9%. Na região central da Itália esse dado aumenta para 83%. Já em pessoas com origem na Nigéria e leste asiático esse dado é de 100%. A frequência brasileira apresenta um valor intermediário.

Longevidade com qualidade de vida

O estudo traz ainda dados sobre as características físicas do brasileiro referentes aos impactos da idade. Um dos destaques é que 85% têm maior predisposição para fotoenvelhecimento, ou seja, o envelhecimento prematuro da pele devido à exposição solar, e 58% das pessoas têm predisposição para desenvolverem calvície; 39% podem desenvolver degeneração macular relacionada à idade, doença que pode levar a perda da visão; e 86,06% dos brasileiros contam com fenótipo de proteção contra o desenvolvimento de osteoporose e 13,94% não possuem o marcador.

A prática de exercícios pode ser guiada por meio de características presentes no DNA

Por meio do mapeamento genético, é possível descobrir como o corpo reage em relação à resistência física, ganho de massa muscular, atividades de força e explosão, e até se o indivíduo sente mais dor após a prática de exercícios.

Isso porque algumas variações genéticas entre as pessoas são capazes de influenciar a capacidade pulmonar, o desempenho cardíaco e a composição das fibras musculares, características diretamente relacionadas às habilidades esportivas. Além disso, evidências científicas apontam que os fatores genéticos desempenham um papel fundamental na resposta ao dano muscular induzido pelo exercício físico e a densidade mineral óssea do organismo.

Na análise realizada por Genera, 99% das pessoas apresentam predisposição para maior captação de oxigênio e maior força física; 81% contam com predisposição para melhor desempenho em atividades de força e explosão; 93% têm maior predisposição para maior resistência muscular. Assim como é sabido que dor é um fator que varia de pessoa para pessoa, o estudo mostra que 42% das pessoas vão apresentar maior dor muscular pós-exercício.

Risco para o desenvolvimento da obesidade

A fome emocional é uma conversa presente em muitos consultórios, portais e diálogos entre amigos. Esse estudo aponta que 64% das pessoas apresentam predisposição para apresentar a fome emocional, ou seja, aquela fome que não é uma necessidade do corpo, mas uma fuga da mente. Em contrapartida, apenas 36% das pessoas apresentam predisposição para maior sensação de saciedade; 34% têm maior tendência para a ingestão de açúcares em maiores quantidades; 72% apresentam maior risco para o desenvolvimento da obesidade e 58% para o armazenamento de gordura corporal.

Além dessas informações, dados relevantes a respeito da interação com substâncias medicamentosas, como taxa de resposta ao tratamento, efeitos colaterais e informações nutricionais de absorção de nutrientes, também foram computados.

"Importante reforçar que os testes genéticos não têm caráter diagnóstico - seus achados são preditivos e probabilísticos. Permitem maior autoconhecimento sobre o próprio mapa genético e, com os resultados em mãos, é fundamental que cada pessoa discuta com o seu médico os cuidados preventivos, mudanças de hábitos e outras estratégicas para o cuidado com a saúde. A medicina personalizada e preventiva é a tendência do futuro da saúde, uma vez que ela tem o intuito de identificar, prevenir e tratar doenças a partir das particularidades do organismo de cada pessoa", conclui Di Lazzaro.