O Pardini lança a primeira rota regular de drone em BH e Região Metropolitana para transportar amostras biológicas. O transporte aéreo não tripulado na capital é inédito e vai começar no próximo dia 2 de maio. Assim, a instituição avança nessa inovação logística na medicina diagnóstica.
O laboratório inaugura a primeira rota regular em área urbana na capital mineira. O drone sairá do Hospital Biocor, em Nova Lima, para o Bairro Mangabeiras, no Instituto Orizonti - onde tem um Núcleo Técnico Hospitalar do laboratório (unidade produtiva de processamento e análise).
As amostras que serão carregadas pela aeronave podem ser coletadas em unidades de atendimento, laboratórios parceiros ou outros hospitais. Este trajeto foi desenvolvido considerando tanto a importância da agilidade no processamento de exames e entrega de resultados, quanto à dificuldade de mobilidade em locais de grande movimentação de transporte terrestre.
O laboratório inaugura a primeira rota regular em área urbana na capital mineira. O drone sairá do Hospital Biocor, em Nova Lima, para o Bairro Mangabeiras, no Instituto Orizonti - onde tem um Núcleo Técnico Hospitalar do laboratório (unidade produtiva de processamento e análise).
As amostras que serão carregadas pela aeronave podem ser coletadas em unidades de atendimento, laboratórios parceiros ou outros hospitais. Este trajeto foi desenvolvido considerando tanto a importância da agilidade no processamento de exames e entrega de resultados, quanto à dificuldade de mobilidade em locais de grande movimentação de transporte terrestre.
Neste primeiro momento, serão transportados apenas materiais não contaminantes para análises clínicas, genética molecular, testes oncológicos de alta complexidade, medicina nuclear, medicina personalizada e patologia cirúrgica. Serão amostras de teste do pezinho ou de cabelo para exames toxicológicos, coletas de raspados de unha e pele para análise de células, por exemplo.
Drone terá trajeto fixo entre dois hospitais
O trajeto será fixo, de segunda a sexta-feira, sob demanda, levando e trazendo amostras entre esses dois hospitais, que serão os pontos de apoio dessa logística. O drone poderá voar a cada uma hora e a rota de 5 quilômetros é feita em 10 minutos, enquanto de carro seriam gastos 25 minutos, podendo chegar a uma hora, em horário de pico. A iniciativa garante agilidade no transporte e diminuição da circulação de amostras dentro de um grande centro urbano. Um outro ganho: com os voos, a estimativa é reduzir em 100% a emissão de CO2.
Com a substituição da rota rodoviária pela aérea, cerca de 200 a 250 Kg de gás carbônico deixarão de ser lançados na atmosfera por mês. Para além dessa redução, é importante considerar a retirada de veículos das ruas, aliviando o trânsito da cidade e reduzindo a possibilidade de acidentes.
Com a substituição da rota rodoviária pela aérea, cerca de 200 a 250 Kg de gás carbônico deixarão de ser lançados na atmosfera por mês. Para além dessa redução, é importante considerar a retirada de veículos das ruas, aliviando o trânsito da cidade e reduzindo a possibilidade de acidentes.
Todos os tipos de cargas biológicas
O início desses voos regulares é mais um passo para o laboratório conseguir a autorização para voos de todos os tipos de cargas biológicas, como sangue, soro, urina, fezes, líquidos corporais, dentre outros. “Demostraremos a segurança do transporte aéreo não tripulado, bem como sua superioridade e eficiência em relação ao transporte terrestre atual).
É necessário acumular horas de voo transportando materiais biológicos não contaminantes, até a autorização dos órgãos competentes para o transporte de materiais de risco biológico infecciosos ou potencialmente infeccioso”, explica o gerente corporativo de logística do Hermes Pardini, Cleber de Souza Miranda.
É necessário acumular horas de voo transportando materiais biológicos não contaminantes, até a autorização dos órgãos competentes para o transporte de materiais de risco biológico infecciosos ou potencialmente infeccioso”, explica o gerente corporativo de logística do Hermes Pardini, Cleber de Souza Miranda.
Segundo o executivo, este é mais um avanço operacional para a aviação. “É a primeira rota para voos não tripulados autorizada no meio de uma área urbana com cinco helipontos. É um marco para o setor e mostra o avanço no Brasil no que diz respeito à integração da aviação não tripulada com a aviação convencional”, explicou o executivo.
Ele reforça que a medicina diagnóstica depende do transporte terrestre e aéreo, que têm seus desafios particulares como o alto custo e as interferências recorrentes causadas por situações diversas, como acidentes, congestionamentos e cancelamento de voos comerciais, entre outros: “Acredito que os drones têm potencial para revolucionar a logística na saúde daqui a alguns anos, ao trazer mais eficiência em termos de custo e tempo de transporte, além de apresentar menor impacto ambiental. A redução de tempo de transporte de amostras por drone, como indicado nos testes que realizamos, pode acelerar a liberação de diagnósticos e, assim, ajudar médicos a tomar decisões mais rapidamente, colaborando com a saúde de nossos pacientes”, pontuou.
Há 3 anos, o Pardini vem investindo no desenvolvimento logístico da medicina diagnóstica utilizando o drone projetado, fabricado, e operado pela Speedbird Aero para o transporte de amostras biológicas. A aeronave DLV 2 foi elaborada exclusivamente para o laboratório e já está certificada e homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Esta aeronave tem capacidade para transportar até 6,5 quilos e pode voar a uma distância de até 15 km do ponto de decolagem sem troca de baterias.
Pioneirismo
A Speedbird obteve a primeira autorização para transportes (delivery) utilizando drone no Brasil (uma das primeiras autorizações de projeto do mundo neste âmbito), e vem ultrapassando barreiras com aeronaves não tripuladas, efetuando várias entregas pioneiras em solo brasileiro.
Já a rede de medicina diagnóstica foi a primeira do setor a avistar esse horizonte e iniciar testes para coletas e entregas de exames laboratoriais por meio de drones no Brasil. Em Salvador, na Bahia, o laboratório também implantou uma rota fixa, que funciona desde fevereiro. Desde o início do projeto, já foram feitos voos de teste com a aeronave DLV 2 em outras cidades (Aracaju (SE), Itajaí (SC) e São Sebastião (SP), explorando diferentes tipos de desafios geográficos e de logística.
A expectativa é que o transporte aéreo não tripulado possa beneficiar toda a rede de laboratórios parceiros. São mais de 7 mil espalhados por 2 mil municípios em todos os estados do Brasil.
A expectativa é que o transporte aéreo não tripulado possa beneficiar toda a rede de laboratórios parceiros. São mais de 7 mil espalhados por 2 mil municípios em todos os estados do Brasil.
Os aprendizados em cada voo e a nova rota, em Belo Horizonte, devem contribuir para a definição de regras e desenvolvimento de protocolos de segurança. Com o avanço da Logística Aérea Não Tripulada, a expectativa é que em até dois anos o laboratório possa fazer voos entre as unidades de coleta até qualquer uma das plantas produtivas da rede.
Agora, o Pardini e a Speedbird estão em fase de teste de campo para obtenção de uma nova certificação - o CAER - Certificado de Aeronavegabilidade Especial para RPA (Aeronave Remotamente Pilotada). Esta é necessária para habilitar aeronaves não tripuladas a executar rotas de maior extensão com segurança e viabilidade econômica.
“O desafio agora é avançar junto às autoridades sanitárias para que as regras sejam atualizadas. Pleiteamos conseguir junto aos órgãos competentes a autorização para transportar outras categorias de materiais biológicos. Estamos demonstrando, a cada voo, segurança no transporte, redução de custo e de tempo. É um processo longo, disruptivo e visionário. Queremos poder voar de laboratórios para hospitais, de laboratórios para outros laboratórios e de laboratórios para aeroportos, nos grandes centros”, comentou o CEO da Speedbird Aero, Manoel Coelho.
“O desafio agora é avançar junto às autoridades sanitárias para que as regras sejam atualizadas. Pleiteamos conseguir junto aos órgãos competentes a autorização para transportar outras categorias de materiais biológicos. Estamos demonstrando, a cada voo, segurança no transporte, redução de custo e de tempo. É um processo longo, disruptivo e visionário. Queremos poder voar de laboratórios para hospitais, de laboratórios para outros laboratórios e de laboratórios para aeroportos, nos grandes centros”, comentou o CEO da Speedbird Aero, Manoel Coelho.
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