Com incidência de 6 mil novos casos por ano no Brasil, estimados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de ovário figura entre as doenças mais comuns entre as mulheres. Entre as brasileiras, esse é o sétimo tipo de câncer com maior incidência e em escala global é a oitava neoplasia mais comum, podendo chegar a 300 mil casos novos por ano.
O câncer de ovário é uma neoplasia invasiva (maligna) das gônadas femininas, ou seja, uma replicação desordenada de células malignas que invadem primeiro o ovário e depois podem se espalhar para o órgãos da pelve e abdome superior, assim como as vísceras, como o fígado ou o pulmão. A especialista diz que é importante entender que, na maioria das vezes, mulheres que apresentam um tumor ou cisto no ovário não têm câncer, mas sim uma lesão funcional ou benigna.
Perimenopausa e pós-menopausa
O câncer de ovário atinge principalmente mulheres na perimenopausa e na pós-menopausa e pode ter seu risco aumentando caso exista histórico de incidência em parentes de primeiro grau, nuliparidade (condição em que a mulher é incapaz de reproduzir), idade fértil atrasada, menarca precoce, menopausa atrasada, histórico pessoal ou familiar de câncer de mama, endometrial ou de cólon.
Leia também: Atividade física: é possível ter músculos após os 50 anos?
"Não é possível prevenir todos os tipos de cânceres de ovário, mas, gravidezes, lactação, menopausa precoce, uso de contraceptivo hormonal são associados a diminuição do risco", afirma a médica.
A origem dos carcinomas de ovário está relacionada a células que chegam ao ovário pela tuba uterina. Ao indicar uma laqueadura como método contraceptivo, pode ser oferecida a salpingectomia (retirada da tuba). "Hoje se preconiza retirar a tuba quando a mulher tem uma indicação de histerectomia por doença benigna. Por fim, algumas mulheres apresentam alterações genéticas e, assim, em toda mulher com carcinoma de ovário é solicitado um painel genético que identifica essas mutações", finaliza Sophie Derchain.
Sign in with Google
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Estado de Minas.
Leia 0 comentários
*Para comentar, faça seu login ou assine