Crônica, rara, progressiva, de difícil diagnóstico e que pode ter um prognóstico terminal. Essas são as características da Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), doença lembrada mundialmente no dia 5 de maio.
A HAP afeta principalmente mulheres entre 30 e 60 anos. No Brasil, estima-se que haja cerca 100 mil pessoas com diagnóstico. Ela tem sinais e sintomas frequentes em outras doenças mais prevalentes e, por isso, é de difícil diagnóstico. Sem o tratamento adequado, o paciente tem uma expectativa de sobrevida média de 2.8 anos, segundo o registro do NIH. Por isso, o diagnóstico e tratamento precoces são tão importantes.
A HAP afeta principalmente mulheres entre 30 e 60 anos. No Brasil, estima-se que haja cerca 100 mil pessoas com diagnóstico. Ela tem sinais e sintomas frequentes em outras doenças mais prevalentes e, por isso, é de difícil diagnóstico. Sem o tratamento adequado, o paciente tem uma expectativa de sobrevida média de 2.8 anos, segundo o registro do NIH. Por isso, o diagnóstico e tratamento precoces são tão importantes.
“Falta de ar, dores no peito, tontura e coloração azulada na pele são sinais da doença que costuma levar, em média, desde o surgimento dos primeiros sintomas, 3 anos até a sua identificação. Se não for tratada adequadamente, a HAP pode limitar a prática de atividades simples, como trocar de roupa ou pentear os cabelos, e nos casos mais graves, pode levar à falta de ar mesmo durante o repouso e morte”, afirma Caio Fernandes, professor de pneumologia da Universidade de São Paulo e médico do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Ao longo desse período de espera, os pacientes passam por diversas consultas com diferentes especialidades médicas, incluindo cardiologistas (especialistas em coração) e pneumologistas (especialistas em pulmão), antes de receberem um diagnóstico.
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"Para chegar ao diagnóstico, além da avaliação no consultório, é necessário realizar testes para avaliar o coração, como ecocardiograma, ou o pulmão, como a prova de função pulmonar, descartando outras doenças mais comuns, porém apenas o cateterismo cardíaco direito comprova o diagnóstico”, complementa o especialista.
Acesso ao tratamento adequado
Apesar de ser uma doença grave ainda sem cura, existem tratamentos que ajudam a controlar o seu avanço e dar mais qualidade de vida ao paciente.
As terapias disponíveis incluem medicamentos orais e inalatórios que visam dilatar os vasos sanguíneos nos pulmões, melhorar a circulação sanguínea no órgão e reduzir a pressão no coração.
“As terapias tradicionais incluem abordagens convencionais, como a oxigenoterapia (oxigênio extra para elevar os níveis de oxigênio no sangue do paciente), o uso de medicamentos anticoagulantes e/ou de diuréticos, de acordo com cada caso. A evidência científica indica que a terapia combinada entre medicamentos de diferentes vias fisiopatológicas é a melhor forma de manejar a HAP”, afirma Caio Fernandes.
As terapias disponíveis incluem medicamentos orais e inalatórios que visam dilatar os vasos sanguíneos nos pulmões, melhorar a circulação sanguínea no órgão e reduzir a pressão no coração.
“As terapias tradicionais incluem abordagens convencionais, como a oxigenoterapia (oxigênio extra para elevar os níveis de oxigênio no sangue do paciente), o uso de medicamentos anticoagulantes e/ou de diuréticos, de acordo com cada caso. A evidência científica indica que a terapia combinada entre medicamentos de diferentes vias fisiopatológicas é a melhor forma de manejar a HAP”, afirma Caio Fernandes.
Tratamento do SUS
Para o paciente de HAP cada segundo importa. Além do desafio de viver com a doença, a espera pelo acesso ao tratamento pelo SUS faz parte do dia a dia dessas pessoas. O Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT) de HAP é o documento que regula o tratamento dos pacientes no SUS, indicando toda a conduta de diagnóstico, acompanhamento e tratamento.
Leia também: Conheça riscos e sintomas do câncer de pulmão, diagnosticado em Rita Lee em 2021.
"O documento atualizado e alinhado com as estratégias clínicas disponíveis e mais adequadas garante que os brasileiros com HAP tenham acesso a novos medicamentos incorporados no SUS e a terapia combinada, a mais recomendada pelas orientações médicas nacionais e internacionais por oferecerem mais qualidade de vida”, declara Flávia Lima, presidente da Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Arterial Pulmonar e Doenças Correlatas (Abraf).
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"O documento atualizado e alinhado com as estratégias clínicas disponíveis e mais adequadas garante que os brasileiros com HAP tenham acesso a novos medicamentos incorporados no SUS e a terapia combinada, a mais recomendada pelas orientações médicas nacionais e internacionais por oferecerem mais qualidade de vida”, declara Flávia Lima, presidente da Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Arterial Pulmonar e Doenças Correlatas (Abraf).
A expectativa é que essa espera esteja prestes a acabar. O processo de revisão do documento pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) foi finalizado em março de 2023, quando por unanimidade, foi recomendada a atualização do PCDT.
“Agora estamos no aguardo da publicação oficial do documento e do comprometimento dos estados brasileiros em fazer valer esse direito do paciente, facilitando seu acesso ao tratamento adequado através da liberação das medicações”, complementa Flávia Lima.
“Agora estamos no aguardo da publicação oficial do documento e do comprometimento dos estados brasileiros em fazer valer esse direito do paciente, facilitando seu acesso ao tratamento adequado através da liberação das medicações”, complementa Flávia Lima.