Mãe carregando o filho no alto sob por do sol a beira do mar

Mães são um exemplo de superação e persistência fortificando o tratamento de seus filhos

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A unidade de Hemodiálise Pediátrica do Centro de Nefrologia e Diálise Samarim, em parceria com o Hospital Samaritano Higienópolis, da rede Americas, em São Paulo, atende 40 crianças com insuficiência renal grave e também é uma unidade referência no Brasil para tratamento renal de crianças de baixo peso. Lá, estão inúmeras mães que são exemplos de dedicação, superação, fé e amor, levando aos seus filhos pequenos, mensagens de esperança, resiliência, paciência e crença de que tudo é possível. 

Hemodiálise pediátrica ainda é rara pelo país a fora e muitas famílias se mudam em busca de tratamento especializado. Nesse Dia das Mães, a multinacional Fresenius Medical Care relata duas histórias que mostram como as mães são capazes de abandonar tudo para buscarem a saúde dos filhos. 
Uma delas é a professora Emilena Grobério de Guarapari, mãe do Heitor, hoje com seis anos. Devido ao atendimento especializado do Samarim, ela se mudou do Espírito Santo para São Paulo quando o filho precisou fazer hemodiálise. Heitor foi adotado quando já era um portador de doença renal crônica, aos 2,5 anos. Emilena e seu esposo, o funcionário público, Orlean Passamani Layber, o buscaram em Recife e o levaram para sua cidade, onde por algum tempo Heitor fez diálise peritoneal.

Selfie de Emilena, mulher branca com cabelos pretos longos junto de seu filho Heitor de Seis anos, branco que está comendo um salgadinho

Emilena Grobério de Guarapari, mãe do Heitor, hoje com seis anos

Arquivo Pessoal


Depois a família foi a São Paulo em busca de um transplante, mas a cirurgia realizada para prepará-lo não deu certo e ele não pode ser transplantado. Agora Heitor está em hemodiálise na Samarim, sendo cuidado por uma equipe altamente especializada até que possa realizar as cirurgias necessárias e depois o sonho de receber um novo rim.

"O Heitor está cada dia melhor, menos cansado, ganhando peso e crescendo. Eu agradeço a Deus todos os dias pela oportunidade de ganhar meu filho, cuidar dele como precisava e merecia, e por encontrar profissionais de saúde tão maravilhosos, incansáveis na luta pela saúde dele. Sei que escolhemos o caminho certo. Deus é grande e a força do amor é muito grande. Acreditamos que ele vai ficar muito bem o quanto antes", relata Emilena.
Outra mãe batalhadora é Neli Angela Alvez, de Formiga, Minas Gerais, mãe do pequeno Daniel Alves do Nascimento, que hoje está com dez anos. Aos cinco meses de vida, ele teve o diagnóstico de síndrome nefrótica congênita. De lá pra cá, Neli vem travando uma verdadeira luta pela vida do filho. Quando ele era bebê, ela soube que mais adiante o filho poderia fazer um transplante. Então, antes de transplantar, com um ano e três meses, Daniel começou a fazer diálise peritoneal, uma modalidade que permite filtrar o sangue em casa, utilizando uma máquina específica, de 10 a 12 horas por dia.

Foto de Neli, mãe branca que veste blusa rosa, junto do seu filho Daniel, óculos e blusa preta sentados ao sofá

Neli Angela Alvez, mãe do pequeno Daniel Alves do Nascimento de 10 anos

Aquivo pessoal


Nessa época, Neli contava com a ajuda da sua mãe e ela trabalhava fora, mas depois de perdê-la, teve que deixar o trabalho para cuidar do filho.  Nesse período também Daniel teve o diagnóstico de estreitamento na garganta e somente a traqueostomia poderia solucionar. O problema renal do Daniel trouxe ainda um enfraquecimento nos seus ossos, e ele está usando cadeira de rodas e andador. Muitas vezes, a mãe o carrega no colo.
O primeiro transplante do Daniel, aos dois anos e meio, aconteceu graças ao rim doado por sua mãe Neli, que era 99% compatível. E na época foi considerado um sucesso. Mas seis anos depois, ele perdeu esse rim. Ele teve infecções respiratórias, câncer na garganta e na parede do estômago, Covid, e problemas na medula, levando-o a perder de vez o órgão. Logo em seguida, em maio de 2021, foi a vez do seu pai, Felype Thomaz do Nascimento, doar o rim para o filho, mas um vírus chamado Poliomavirus atacou o novo órgão recebido e mais uma vez o pequeno Daniel perdeu seu transplante. O vírus destruiu o enxerto e desde dezembro de 2021 Daniel está em São Paulo, com a mãe, e longe da família - ele possui um irmão de 22 anos, para fazer a hemodiálise." Deus sabe de todas as coisas, tenho fé que vai sair o transplante na hora certa de Deus, Ele sempre cuida de nós!", dia Neli.

De acordo com a médica nefrologista pediátrica da clínica Samarim, Simone Vieira, a presença das mães é fundamental no tratamento dos filhos. "Elas trazem segurança, conforto e amor. E são elas que cuidam para que a alimentação deles seja criteriosa e dentro das regras estabelecidas pelas nutricionistas, são elas que providenciam os remédios certos, nas horas certas. São elas que decidem não faltar a uma sessão de diálise. A vida desses filhos vem desse trabalho contínuo das mães. Nunca é apenas a equipe de saúde. O envolvimento familiar é a garantia de sucesso".