Pés de bebê

Quanto mais prematuro, ou seja, quanto menor a idade gestacional do bebê ao nascimento e também quanto menor o peso ao nascer, maior é o risco de desenvolver a retinopatia da prematuridade

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o uso do Aflibercepte para o tratamento da retinopatia da prematuridade (ROP), doença ocular que afeta a vascularização da retina e atinge cerca de 25% dos bebês recém-nascidos prematuros. O medicamento, que já tem a aprovação da agência para degeneração macular relacionada à idade, edema macular diabético e outras três indicações, representa uma importante opção no arsenal terapêutico do tratamento de ROP, uma vez que, para os bebês com indicação de tratamento, a medicação tem uma ação muito significativa no desfecho visual que esses pacientes terão na vida adulta. 
 
 
"Diagnosticar e tratar ROP é imprescindível", comenta Maria Rita Burlamaqui, oftalmologista da divisão farmacêutica da Bayer. O diagnóstico é realizado a partir do exame de fundo de olho e deve ser feito por um oftalmologista com experiência para identificar as alterações retinianas. "Quando pensamos nessa condição, é preciso ter como foco a importância do diagnóstico e acompanhamento do paciente. Quanto mais prematuro, ou seja, quanto menor a idade gestacional do bebê ao nascimento e também quanto menor o peso ao nascer, maior é o risco de desenvolver a retinopatia da prematuridade, que nos casos mais graves da doença podem inclusive levar a alterações retinianas que implicarão a perda de visão desses pacientes.
 
 
O estudo FIREFLEYE3, que teve como objetivo comparar Aflibercepte e laser no tratamento de ROP, demostrou que, o sucesso do tratamento foi numericamente maior em pacientes que receberam tratamento com Aflibercepte em comparação com aqueles que receberam terapia a laser. Atualmente, o tratamento padrão da ROP é a fotocoagulação a laser, entretanto, esse procedimento pode estar associado à perda do campo visual, além de exigir alguns cuidados adicionais como, por exemplo, a necessidade de ser realizado com o paciente sob anestesia geral e o maior tempo na realização do procedimento.
 
A recente aprovação já garante acesso ao tratamento, uma vez que o bebê pode receber a medicação ainda hospitalizado. "A ideia é que esses pacientes tenham o diagnóstico o mais rápido possível e uma vez que a doença seja diagnosticada, o tratamento deve ser prescrito e a legislação vigente garante a cobertura para pacientes hospitalizados, facilitando o acesso", explica a médica.