homem correndo

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Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Atividades físicas têm grandes benefícios, e, de tempos em tempos, cientistas descobrem novas vantagens. Uma pesquisa publicada ontem na revista British Journal of Sports Medicine e liderada por Bryant Webber, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta, no Estados Unidos, mostra que exercícios aeróbicos podem reduzir o risco de morte por gripe e pneumonia.

O estudo aponta que os treinos de cárdio, como são popularmente conhecidos, são eficientes, diminuindo em até 36% a mortalidade das doenças que atingem o sistema respiratório. Para o trabalho, os cientistas analisaram as respostas de 577.909 adultos que participaram de uma pesquisa em saúde, National Health Interview Survey (NHIS), nos Estados Unidos entre 1998 e 2018.

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Para os cientistas, “esforços para reduzir a mortalidade por influenza e pneumonia entre adultos podem se concentrar em diminuir a prevalência de inatividade aeróbica e aumentar a prevalência de alcançar dois episódios por semana de atividade de fortalecimento muscular”, disseram em nota.

De acordo com os pesquisadores, os adultos são aconselhados a realizar no mínimo 150 minutos por semana de práticas físicas aeróbicas moderadas, ou 75 minutos de intensidade forte. Também deve-se associar atividades de fortalecimento muscular pelo menos duas vezes por semana.

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Os entrevistados responderam perguntas sobre a frequência que gastavam 10 ou mais minutos em atividades aeróbicas vigorosas, leves ou moderadas. Cada um foi categorizado conforme atingia ou não metas semanais recomendadas de treinos de cárdio e fortalecimento muscular. As classificações foram: não chegou a nenhum dos dois objetivos; atingiu o de atividade aeróbica; alcançou a meta de fortalecimento muscular; e conquistou os dois.

Cerca de metade dos participantes, 50,5%, não alcançou nenhum dos propósitos da semana. Segundo a pesquisa, o desempenho das pessoas variou conforme fatores sociodemográficos e de estilo de vida, condições de saúde e vacinação contra gripe e pneumonia.

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Conforme o artigo, durante o acompanhamento de nove anos, 81.431 entrevistados morreram e 1.516 dessas mortes foram desencadeadas por gripe e pneumonia. Os participantes da pesquisa que conquistaram apenas o objetivo de treinos de cárdio, tiveram a taxa de mortalidade das doenças reduzida em 36%. Quem conseguiu atingir as duas metas semanais de atividade física recomendadas apresentou uma redução de quase 50% do risco, quando comparados àqueles que não foram capazes de alcançar o que foi proposto nas práticas de exercícios.

Os cientistas também levaram em conta nos cálculos outros fatores que poderiam influenciar na mortalidade. A atividade física foi eficiente até mesmo quando realizada em períodos abaixo do recomendado. Com tempo entre 10 a 149 minutos por semana, mostrou-se uma queda no risco de morte por gripe e pneumonia em 21%. De 150 a 300 minutos de prática as chances caíram 41%.

“Embora 10 a 150 minutos semanais seja muitas vezes rotulado como 'insuficiente' porque fica abaixo da duração recomendada, pode conferir benefícios à saúde em relação à”, contaram em nota os pesquisadores.

Apesar dos resultados obtidos no ensaio, os cientistas ressaltam que é um estudo observacional, que não pode estabelecer causas e que também há limitações.