Uma pesquisa publicada na revista Proceedings of the National Academy of Science no começo de maio, conduzida por Jimo Borjigin e um grupo de cientistas do centro médico Michigan Medicine, nos Estados Unidos, examinou os eletroencefalogramas (EEG) de quatro pacientes em coma durante o processo de 'morte' após sofrerem paradas cardíacas.
Dos quatro pacientes analisados, dois apresentaram uma onda rápida e intensa de poder gama, relacionada à consciência e à rapidez da atividade cerebral, além de um aumento de atividade chamado 'onda gama', associado à consciência. Os outros dois pacientes exibiram picos de conectividade funcional, com irregularidades identificadas na mesma área do cérebro, conhecida como zona quente, localizada na junção dos lobos temporal, parietal e occipital posterior, região também associada a sonhos e alucinações visuais.
O estudo destaca que os resultados mostram que o cérebro pode continuar 'vivo' após uma parada cardíaca, indicando a necessidade de reavaliar o papel do órgão em situações extremas. 'Não podemos correlacionar as assinaturas neurais de consciência observadas com uma experiência correspondente nos mesmos pacientes neste estudo. Contudo, as descobertas são certamente animadoras e oferecem uma nova perspectiva para a compreensão da consciência oculta em seres humanos moribundos', afirma a professora Nusha Mihaylova.
A pesquisa abre caminho para novos estudos sobre a consciência durante paradas cardíacas, servindo como base para explorar a consciência humana em situações extremas.
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