Um estudo conduzido por uma bióloga do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB-Unesp), da Universidade Estadual Paulista, revelou que o consumo diário de 500mg de própolis por pessoas que vivem com o vírus HIV promoveu uma redução significativa na concentração de um marcador de estresse oxidativo.
Além disso, houve um aumento discreto na capacidade antioxidante total do grupo, auxiliando no combate aos radicais livres. A bióloga Karen Ingrid Tasca aponta que indivíduos que convivem com o vírus enfrentam envelhecimento precoce, devido à deterioração acelerada da imunidade e ao surgimento precoce de comorbidades.
A própolis, uma resina com propriedades antioxidantes, antivirais e anti-inflamatórias, pode ajudar a minimizar esses efeitos, melhorando a qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes. A biomédica Fernanda Lopes Conte, uma das autoras do estudo, destaca que a própolis pode melhorar a resposta imune e reduzir a inflamação em pacientes assintomáticos.
Os estudos foram apoiados pela FAPESP (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo) e reforçam a necessidade de continuar combatendo a epidemia de HIV. Em 2021, foram notificados no Brasil 40,8 mil casos de HIV e 35,2 mil casos de Aids. No mesmo ano, mais de 11 mil óbitos foram registrados devido à doença.