O caso aconteceu em abril, nos estado de Virgínia nos Estados Unidos, quando o rapaz, ao acordar, sentiu um grande incômodo atrás do ombro esquerdo, que só piorava a cada respiração curta. A situação fez com que Jonathan Belcher fosse até o pronto-socorro hospitalar. 





Lá, após ser submetido a exames, descobriu que estava com pneumotórax, condição que leva ao vazamento de ar dos pulmões para a cavidade ao redor do órgão.

O jovem começou a fumar aos 17 anos e consumia o equivalente a 20 cigarros por dia. Segundo a médica  pneumologista da Saúde no Lar, Michelle Andreata, a condição acontece devido à presença de ar livre na cavidade pleural.



"O ar entra no peito e o pulmão falha. O ar deveria estar no pulmão, mas escapa e vai para o espaço pleural, criando pressão e colapsando os pulmões."

Ele pode ser espontâneo e ocorrer sem causa aparente e pode ser classificado em duas formas: pneumotórax primário e pneumotórax secundário. O primeiro ocorre sem nenhuma condição pulmonar preexistente, geralmente devido a uma ruptura de pequenas bolhas de ar na superfície do pulmão. O segundo tem a ver com condições pulmonares subjacentes, como doenças pulmonares crônicas, traumas, infecções ou certos procedimentos médicos.



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Além do espontâneo, o pneumotórax também pode ser classificado como traumático e ocorre devido a ferimento ou lesão na parede torácica ou nos pulmões; ou iatrogênico, que tem a ver com resultado de um procedimento médico, como uma biópsia pulmonar ou inserção de um cateter.

"Os sintomas mais comuns incluem dor aguda no peito, falta de ar, respiração rápida e superficial, ruidosa e, em casos mais graves, cianose, que é a pele em um tom mais azulado devido à falta de oxigenação."
O tratamento, de acordo com a pneumologista, vai depender da causa e da gravidade da doença. 

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"Em casos leves, o pneumotórax pode se resolver por conta própria, mas, nos mais graves, faz-se necessário a realização de procedimentos como a inserção de um tubo torácico para drenar o ar acumulado ou então cirurgia para acabar com a lesão."





O importante é, de acordo com Michelle, procurar ajuda médica desconfiando de algum dos sintomas citados acima, para a realização de exames e avaliação médica. 

Com relação aos vapes, além de causarem problemas como o do enfermeiro, eles levam nicotina e substâncias tóxicas aos pulmões, além de promover danos à saúde. Tanto é que já existem estudos que mostram que os usuários do aparelho estão mais predispostos a desenvolver diversos tipos de câncer, além de doenças pulmonares e cardiovasculares.

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