A hipertensão arterial apresenta uma alta prevalência em adultos mais velhos, acometendo até 60% dos idosos de acordo com informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia e é a causa de morte de 300 mil brasileiros anualmente. A doença usualmente é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas; é séria e está indubitavelmente associada ao aumento da morbimortalidade, podendo causar derrame, infarto, insuficiência cardíaca e angina.
Portanto, o tratamento da hipertensão é importante, mesmo em idade avançada. No entanto os alvos da pressão arterial nos pacientes idosos hipertensos, particularmente muito idosos, podem variar em relação aos pacientes mais jovens. Existem também preocupações específicas no manejo da hipertensão em pessoas idosas devido ao risco de hipotensão e a presença de comorbidades, politerapia, adesão às prescrições médicas e a fragilidade que pode se desenvolver com o envelhecimento.
A hipertensão geralmente não apresenta sinais ou sintomas de alerta, e muitas pessoas não sabem que a têm. Portanto, medir a pressão arterial é a única maneira de saber se você tem pressão alta. Quando presentes, alguns dos sintomas relatados são: falta de ar, visão embaçada, sangramento nasal, tonteira, dores de cabeça e dor no peito. Estes sintomas podem aparecer separadamente ou em conjunto e são sinais de alerta importantes para que o paciente procure ajuda médica.
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A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada com acompanhamento médico, alimentação balanceada e atividade física, recomenda o geriatra. Além das medidas citadas acima, o uso de medicações também pode ser necessário, sendo importante o acompanhamento com um médico habituado a tratar de pessoas idosas, pois nessa faixa etária são comuns as medicações ocasionarem efeitos colaterais como a hipotensão ortostática e a hipotensão pós-prandial.
A medida que envelhecemos é possível também que os medicamentos que foram tomados por muitos anos não sejam mais adequados, particularmente nos pacientes muito idosos. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o hipertenso que não se trata pode ter a expectativa de vida reduzida em até 16,5 anos.
Para quem possui fatores de risco que podem levar ao surgimento da hipertensão arterial, o médico Frederico Brina recomenda cuidados que podem evitar a doença. "Hábitos de vida saudáveis, que incluem alimentação rica em proteínas magras, fibras, verduras e legumes, baixa ingestão de alimentos processados e ricos em sódio e gorduras saturadas, além de manter a atividade física regular, ajudam a manter os índices de saúde controlados; o que evita o aparecimento desta e de outras doenças que também podem desencadear o surgimento da hipertensão", completa.
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