Muitos pacientes buscam soluções naturais e eficazes para aliviar a constipação intestinal, também conhecida como 'prisão de ventre', que se caracteriza pela ocorrência de menos de três evacuações por semana. A ingestão adequada de fibras, entre 21 e 38 gramas diárias para adultos, conforme indicação da Academia Nacional de Medicina, é uma das principais recomendações. Alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, nozes, sementes, legumes e produtos integrais, contribuem para prevenir a constipação e tornar as fezes mais volumosas e macias, facilitando a eliminação. O uso diário de psyllium, suplemento de fibra solúvel, também é sugerido por especialistas.
Manter-se hidratado com água e outros alimentos e líquidos, como leite, suco, chá e café, além de frutas frescas, como melão e uva, é fundamental para amolecer as fezes e evitar que fiquem duras e secas. Estudos apontam que o exercício físico melhora a saúde intestinal de diversas maneiras, como fortalecendo o microbioma, reduzindo os riscos de câncer colorretal e constipação. Apenas 15 minutos de atividades leves a moderadas podem causar mudanças no fluxo sanguíneo e hormonais que estimulam o intestino a movimentar o conteúdo para fora.
Michael Camilleri, especialista em motilidade intestinal da Clínica Mayo, menciona que alimentos como ameixas e kiwis podem auxiliar no combate à constipação. Pesquisas mostram que o consumo de ameixas secas e suco de ameixa pode ser benéfico, assim como ingerir dois kiwis por dia, que também apresentam benefícios contra o inchaço. O açúcar, a fibra e outros nutrientes dos kiwis têm efeito laxante, aumentando o teor de água e o volume das fezes.
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Darren Brenner, gastroenterologista da Northwestern Medicine, sugere o uso de um banquinho no banheiro para apoiar os pés, posicionando os joelhos acima da cintura, como solução de baixo custo e baixo risco contra a constipação. Além disso, cerca de 20% das pessoas com constipação crônica apresentam disfunção dos músculos do assoalho pélvico, sendo recomendada uma fisioterapia especializada com biofeedback para melhorar a coordenação muscular durante a defecação.
Ainda há incertezas sobre outros supostos remédios naturais, como probióticos ou transplante fecal. Brenner afirma que, embora possam ser tratamentos plausíveis no futuro, os dados atuais não são robustos o suficiente para recomendá-los contra constipação. Casos graves de constipação podem necessitar de medicamentos específicos, assim como ocorre com outras condições de saúde, como pressão alta ou diabetes.
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