De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há no mundo mais de um bilhão de pessoas obesas. Desse total, 650 milhões são adultos, 340 milhões são adolescentes e 39 milhões são crianças. Os dados são de 2022. Considerada uma doença, a obesidade pode ser revertida, mas requer uma mudança de hábitos. Considerada um problema de Saúde Pública, a obesidade pode, inclusive, ocasionar em outras doenças. Para superá-la, é necessária uma rotina com novos hábitos.





Segundo Luís Henrique de Oliveira, que atua com o desenvolvimento de pessoas, o primeiro passo para a mudança é a conscientização, mas ela acontece por etapas. O especialista comenta que a grande maioria das pessoas em busca da redução de peso confunde o "querer mudar" com o "desejar querer mudar".


 
"Como observado pelo pesquisador Prochaska, nesse estágio, chamado de 'contemplação', o indivíduo sabe da necessidade, porém ainda não alcançou a força interna que o impulsiona para a mudança concreta, sólida e duradoura. Muitos começam dietas rigorosas, treinos exagerados e desistem rapidamente. O autocuidado precisa ser integral e motivado pelo prazer. Assim como o próprio comer, cuidar-se pode ser tão ou mais satisfatório, quando os limites pessoais são respeitados", comentou.
 
"Começar com uma atividade física prazerosa e, depois de algumas semanas, preferir alimentos mais saudáveis pode ajudar a construir novas referências internas de prazer. Isso torna a transição para um nutricionista e um profissional de educação física mais suave, pois, o corpo já está em movimento e os hábitos mais saudáveis. O querer mudar torna-se mais claro, seus benefícios começam tornarem-se visíveis e a manutenção do peso fica mais leve", acrescentou.




 
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Questionado sobre como a medicina integrativa pode tornar mais calmo o processo de emagrecimento, Luís Henrique de Oliveira pontua que a prática reforça como o autocuidado tem pilares essenciais. Ele explica que a saúde e o bem-estar são consequências naturais, e algumas práticas de conexão entre corpo e mente, como a meditação, podem ser aliadas da manutenção de peso.
 
"Estresse e obesidade já são correlacionados há muito tempo, e o seu manejo torna-se essencial para que a comida não seja uma compensação para questões emocionais. Em alguns estudos de revisão sistemática, também foi observado que atividades físicas diversas são mais benéficas para o corpo que uma única atividade. E qual a melhor atividade física para emagrecer? A que você sentir mais prazer. E a melhor dieta? Aquela que você consegue manter por mais tempo. O simples e o básico sempre funcionam mais", aconselhou.

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Luis reforça ainda que não apenas pessoas acima do peso podem ter problemas de saúde, mas aquelas que são magras também devem estar atentas aos cuidados com o corpo. De acordo com o especialista, o autocuidado não deve ser encarado como algo optativo, e sim como uma forma de demonstração de amor próprio, para uma vida mais leve, integralmente. Porém, é necessário dar uma atenção especial ao sobrepeso, porque, além de causar prejuízos para a saúde, pode até mesmo afetar a rotina.

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