A urina é um valioso marcador da saúde do organismo humano, podendo indicar, por exemplo, o nível de hidratação e diversas outras condições de saúde. Alterações na cor ou a presença de espuma na urina podem sugerir a perda de nutrientes e a existência de problemas de saúde específicos.
Segundo a nefrologista Tamara Cunha, uma urina saudável deve ser clara, sem espuma e sem sedimento no fundo do vaso sanitário. A cor amarelo escuro pode indicar a necessidade de ingerir água e não deve ser negligenciada. Américo Cuvello, nefrologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, afirma que a presença de substâncias ou alterações visíveis na urina são sinais de que algo não está bem no organismo.
Condições como infecções urinárias, diabetes descompensada, lúpus e síndromes nefróticas podem ser indicadas a partir de alterações na urina. Lawrence Aseba, urologista do Hospital Santa Clara, esclarece que substâncias como glicose, proteínas, gorduras e agentes causadores de doenças, como fungos e bactérias, também podem ser eliminadas na urina.
Os rins desempenham um papel fundamental na remoção de toxinas do sangue e na manutenção do equilíbrio do organismo. Quando a seleção das substâncias a serem aproveitadas ou excretadas não ocorre de maneira adequada, é possível perceber certas substâncias na urina mesmo a olho nu.
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Lesões renais
Especialistas destacam que a presença de sangue na urina pode ser um indício de lesões no trato urinário, nefrite ou cálculos renais. Caso a espuma não desapareça após a finalização do jato, pode indicar a presença de proteínas na urina, sinalizando lesões renais.
Tamara acrescenta que a espuma na urina pode ocorrer em pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, já que a doença pode afetar o funcionamento dos rins. A excreção de glicose também pode ser observada em alguns indivíduos com diabetes descompensado, sendo perceptível pela presença de espuma.
A presença de gordura na urina é mais rara, mas se ocorrer, pode deixar a urina turva, oleosa ou com pequenas partículas de gordura, indicando síndromes nefróticas. Ao identificar qualquer uma dessas alterações, os médicos recomendam procurar ajuda profissional para exames específicos e diagnosticar a causa.
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É importante evitar a automedicação, que pode mascarar e adiar o diagnóstico e causar desidratação. Após a realização dos exames para determinar a causa das substâncias na urina, os profissionais encaminharão para o tratamento adequado, a fim de eliminar a presença dessas substâncias na urina.
Por fim, Cuvello ressalta que alguns grupos, como diabéticos, hipertensos, obesos, tabagistas, pessoas com histórico de eventos cardiovasculares, acima dos 65 anos ou com histórico familiar de problemas renais, devem sempre realizar acompanhamento médico para controlar seus quadros de saúde e prevenir tais excreções.