O uso de tabaco (nicotina) é encontrado em todos os tipos de cigarro e pode causar dependência e doenças em adolescentes e adultos. Estudos indicam que fumantes ativos e passivos entram em contato com cerca de 5 mil substâncias químicas a cada cigarro. Essa exposição pode levar a sintomas como falta de ar, tosse persistente e, com o passar do tempo, limitações no desempenho de atividades cotidianas.
Uma das consequências dessa exposição é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), também conhecida como enfisema ou bronquite crônica. A DPOC é uma condição progressiva que compromete o fluxo de ar nos pulmões, causando desconforto, dificuldades em exercícios e atividades diárias. A doença é responsável pela morte de quatro brasileiros a cada hora, totalizando 40 mil óbitos anuais.
O caminho até o diagnóstico correto da DPOC é longo e, muitas vezes, os pacientes já se encontram em estágios avançados da doença quando são identificados. O índice de subdiagnóstico em indivíduos com fatores de risco atendidos na atenção primária permanece bastante elevado (71,4%).
Para ajudar pacientes com DPOC, é fundamental ampliar o leque de opções terapêuticas disponíveis, incentivar a cessação do tabagismo, oferecer reabilitação pulmonar e implementar tratamentos adequados. Essas estratégias podem reduzir as crises respiratórias, diminuir internações hospitalares e a mortalidade, especialmente entre pacientes com idades entre 50 e 70 anos.
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O tratamento também ajuda a retardar a progressão da doença. Devido à exposição a fumaças orgânicas (como a queima de lenha) ou ao início precoce do hábito de fumar, muitos casos de DPOC são diagnosticados em pessoas entre 40 e 50 anos de idade. Isso resulta em uma perda acelerada da capacidade pulmonar e elevado custo socioeconômico, além de prejudicar a qualidade e expectativa de vida.
Um dos principais objetivos no tratamento da DPOC é melhorar a qualidade de vida do paciente e mantê-lo ativo, independentemente da gravidade da doença. Por isso, é imprescindível realizar um diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o mais rápido possível, a fim de retardar a progressão da doença, reduzir os riscos de exacerbação e, assim, transformar definitivamente o panorama da DPOC no Brasil e no mundo.
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