Em 1 de junho de 1998, o Viagra, medicamento destinado a tratar a impotência, começou a ser vendido oficialmente, gerando grande interesse e filas de idosos nas farmácias do Rio de Janeiro e São Paulo. Na época, Francisco Matos, gerente de uma farmácia carioca, relatou que alguns clientes pediam o remédio discretamente, enquanto outros o faziam temporariamente em voz alta.
A busca pela solução da ereção perdida, no entanto, remonta ao início do século 20, como evidenciado por anúncios veiculados em jornais. Antes do Viagra, as opções de tratamento para a impotência incluíam injeções penianas, bombas de esvaziamento, implantes e psicoterapia para abordar questões emocionais.
Pesquisado inicialmente como um tratamento para angina, uma doença cardíaca, as pílulas azuis da Pfizer foram descobertas no início dos anos 1990 e mostraram-se eficazes em aumentar o fluxo sanguíneo no pênis, tratando disfunções sexuais.
Um dos primeiros produtos anunciados com a promessa de devolver a virilidade masculina foi o Vinho Caramurú, publicado em 8 de março de 1900. Ao longo do século 20, a disfunção erétil recebeu vários nomes, como fraqueza genital, debilidade genital e amortecimento genital, e era freqüentemente associada à perda de vigor, idade ou problemas glandulares.
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Entre os produtos anunciados estava o Glantona, em 1939, que prometia restabelecer as funções glandulares e transformar vidas maternas em perene mocidade. A aveia Quaker Oats, em 1939, também prometia fornecer energia, força e virilidade. Além disso, o 'Fosfosol' era indicado para desânimo, perda de memória e falta de vitalidade sexual, entre outros.
Em 1955, a Catuase Composta anunciava a reconquista da virilidade com a ajuda de substâncias extraídas da flora brasileira e de um hormônio cerebral e testicular. Antes do advento do Viagra e de medicamentos semelhantes, já se observava a ereção como efeito colateral de vasodilatadores, como os 'poppers', usados %u200B%u200Bno tratamento da angina e que, quando inalados, provocavam ereção e relaxamento muscular. Hoje, os 'poppers' são considerados substâncias ilícitas.
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