Lygia Fazio, modelo e jornalista, faleceu nesta quinta-feira (1º), aos 40 anos, aproximadamente um mês após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Conforme relatado por amigas próximas, Lygia realizou procedimentos estéticos com silicone industrial e PMMA cerca de três anos atrás, o que lhe trouxe complicações de saúde. Ela tentou remover as substâncias de seu corpo desde então.





A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de silicone industrial em procedimentos estéticos no Brasil, considerando sua aplicação no corpo humano como crime. Já o PMMA (polimetilmetacrilato) é um componente plástico permitido apenas em duas situações: correção de pequenas irregularidades corporais e tratamento de lipodistrofia (perda de gordura facial em pacientes com AIDS devido aos medicamentos utilizados).



Meiri Borges, jornalista e amiga de Lygia, declarou nas redes sociais que a substância, composta por silicone industrial e PMMA, causou infecção e disseminou-se pelo corpo da modelo, sofreu em múltiplas complicações e, recentemente, no AVC que a deixou hospitalizada. A morte de Lygia foi confirmada por seu irmão, George, nas redes sociais da modelo, mas ele não entendeu a causa.

O silicone industrial é um líquido utilizado em fábricas para diversas funções, como limpeza de peças de aviões e carros, vedação de vidros e lubrificação. A Anvisa adverte que esse produto nunca deve ser usado no corpo humano, pois pode causar deformações, dores, dificuldades para caminhar, infecção generalizada, embolia pulmonar e até morte.



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Por outro lado, o PMMA é uma substância de risco máximo, cujo uso para preenchimento subcutâneo exige registro da Anvisa. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) não recomenda o uso de PMMA para fins estéticos devido aos riscos de complicações graves, como necrose, cegueira e embolia, que podem ser fatais. Além disso, o PMMA é irreversível e sua remoção total do corpo é praticamente impossível sem causar danos prolongados.

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