O tratamento contra o câncer de mama inicial pode estar ganhando um novo aliado: resultados de um estudo clínico sugere que o medicamento ribociclibe pode aumentar significativamente a taxa de sobrevivência de pessoas diagnosticadas com a forma mais comum da doença, o câncer de mama sensível ao bloqueio hormonal. As conclusões do estudo, chamado Natalee, foram apresentadas na sexta-feira (02/06), durante o primeiro dia de programação do Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), maior congresso de oncologia do mundo.
O ribociclibe é geralmente administrado em combinação com medicamentos para o câncer de mama, que bloqueiam o estímulo hormonal que em aproximadamente 70% do casos atua como promotor do crescimento tumoral.
Câncer de mama com risco de recorrência
Após um acompanhamento médio de 27.7 meses, 189 pessoas no grupo de ribociclibe (7,4% dos pacientes) tiveram recorrência do câncer, em comparação com 237 pessoas no grupo de terapia hormonal isolada (9,3% dos pacientes).
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O estudo mostrou um ganho absoluto de 3.3% na redução do risco de doença invasiva a distância a favor do braço do ribociclibe, com HR de 0,748 (0.618-0.906).
Aguardar aprovação de nova indicação
“Esse foi o resultado da segunda análise interina, pré planejada, do estudo com seguimento mediano de 27.7 meses. Vale ressaltar que 80% das pacientes ainda estava recebendo ribociclibe quando a análise apresentada foi realizada. É muito importante acompanharmos como as curvas vão se comportar no seguimento”, destaca Luciana Landeiro.
No Brasil, a expectativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio de 2023 a 2025 é de 73.610 casos a cada ano, correspondendo a um risco estimado de 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres.
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