O Brasil é o segundo país que mais usa celular no mundo, e esse dado impressionante pode esconder riscos sérios para a saúde. Com a popularização dos smartphones, o uso desses aparelhos tem se tornado cada vez mais constante, e muitas pessoas passam a maior parte do dia conectadas, seja por necessidade profissional ou por entretenimento.





De acordo com o Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGVcia), existem mais celulares do que habitantes no Brasil. Além disso, os brasileiros passam em média 9 horas e 32 minutos por dia no aparelho, o que representa quase 60% do tempo em que estão acordados.

Neurocirurgião Felipe Mendes

(foto: Arquivo pessoal)


O médico neurocirurgião Felipe Mendes, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, alerta para os riscos do uso excessivo do celular. "O uso prolongado pode causar alterações cerebrais significativas, que afetam tanto a saúde física quanto a mental", afirma.



Um dos riscos é o impacto na memória e na cognição. O excesso de estímulos visuais e auditivos pode prejudicar a capacidade de concentração e de memorização. Isso pode ser especialmente grave em crianças e adolescentes, que estão em fase de desenvolvimento cerebral e podem ter seu aprendizado comprometido pelo uso excessivo do celular", explica o neurocirurgião.





Além disso, o uso abusivo do celular também pode afetar a saúde emocional, levar ao isolamento social, à ansiedade e à depressão, além de aumentar o risco de desenvolver dependência.

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Para evitar esses problemas é recomendado algumas medidas simples, como reduzir o tempo diante do aparelho e fazer pausas regulares, evitando mexer no smartphone antes de dormir. 

"É importante estabelecer limites para sua utilização e buscar atividades que proporcionem um equilíbrio entre o mundo digital e o mundo real. Até porque, esse excesso pode fazer com que o paciente se torne mais sedentário, pratique uma quantidade menor de exercícios ou coma de maneira desequilibrada, por não prestar atenção ao que está à sua volta."



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O médico também destaca sobre estar atento aos sinais como dores de cabeça, fadiga visual e irritabilidade. Caso o paciente esteja sentindo algum desses sintomas, é importante procurar ajuda médica e avaliar a necessidade de estabelecer novos limites", afirma.
Em casos mais graves, pode ser necessário recorrer a tratamentos específicos, como a terapia comportamental, que pode ajudar a modificar os hábitos e comportamentos relacionados aos abusos com o celular. 

"São sérios e vários os danos à saúde, tanto física quanto mental, mas com conscientização e disciplina, é possível aproveitar todas as vantagens da tecnologia sem maiores prejuízos. Autocontrole é tudo", finaliza.

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