De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são registrados cerca de 11 mil casos de leucemia por ano no Brasil. A doença, que tem maior incidência em jovens menores de 20 anos e adultos com mais de 60 anos, é causada por uma mutação genética que afeta as células sanguíneas presentes na medula óssea, transformando-as em cancerosas que se proliferam rapidamente, substituindo-as por sadias.
A enfermidade pode ser descoberta até mesmo em exames de rotina como o hemograma, crucial para confirmar a suspeita do câncer: "Para a elucidação do caso, exames como ácido úrico, provas de função hepática e desidrogenase lática poderão ser solicitados. Depois disto, a confirmação deve ser obtida por meio do mielograma, que consiste em avaliar o funcionamento da medula óssea por meio de uma punção aspirativa e a imunofenotipagem das células leucêmicas, que poderá confirmar e/ou definir o tipo e o subtipo da leucemia”, Patrícia Cavalcante, coordenadora técnica e biomédica do Sabin Diagnóstico e Saúde.
Conforme a médica hematologista e hemoterapeuta do Sabin, Maria do Carmo Favarin, quando a leucemia é descoberta em fase inicial, melhores são os prognósticos: "O fato de fazer exames periódicos nos permite identificar alterações no hemograma de forma precoce. Esta preocupação com a saúde e o diagnóstico precoce que nos permite conquistar os melhores resultados junto aos nossos pacientes, principalmente em oncologia”.
O tratamento
Ainda de acordo com Maria do Carmo, a leucemia pode ser tratada de acordo com a tipagem e a fase da doença em cada caso. Algumas das opções de tratamento são: a radioterapia, imunoterapia, quimioterapia e transplante de medula óssea, sendo esta última, uma das opções de maior sucesso. De acordo com o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), o Brasil conta com 5,5 milhões de doadores cadastrados.
Leia também: Leucemia linfoide crônica: saiba como doença acomete especialmente idosos.
Leia também: Leucemia linfoide crônica: saiba como doença acomete especialmente idosos.
Conforme dados do Hemocentro, a compatibilidade pode chegar a 1 a cada 100 mil habitantes para voluntários fora do ciclo familiar, sendo o cadastro para doação de medula óssea uma campanha tão importante quanto a doação regular de sangue nos hemocentros.