mulher com o rosto todo marcado por uma caneta antes de um procedimento estético

O 'rosto de ozempic' é apontado em rostos com aspecto caído, flácido e envelhecido, que surgiram em decorrência do emagrecimento pelo uso do remédio

Joeyy Lee/Unsplash


A recente popularização do medicamento Ozempic – desenvolvido para o tratamento de diabetes tipo 2 – trouxe um de seus efeitos colaterais para os holofotes. Trata-se do “rosto de Ozempic”, termo utilizado para falar de rostos com aspecto caído, flácido e envelhecido, que surgiram em decorrência do emagrecimento pelo uso do remédio.

Em geral, esse efeito atinge pessoas que emagreceram muito e em pouco tempo. De forma mais específica, o “rosto de Ozempic” é uma consequência da perda de gordura, tanto corporal quanto facial.

“A gordura é um dos principais tecidos de sustentação da nossa face. Assim, quando emagrecemos, a flacidez aparece. Temos também o aumento da produção de radicais livres e diminuição da produção de colágeno, o que acentua ainda mais a flacidez”, explica a médica dermatologista Vanessa Mussupapo, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
 
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Rugas, queda de cabelos e unhas fracas

Além disso, emagrecer rapidamente pode trazer outras consequências, como: ressecamento da pele, rugas mais acentuadas, queda de cabelos e unhas fracas.

Para minimizar todos esses efeitos, a recomendação da Dra. Vanessa é tentar emagrecer sem muita pressa, realizando exercícios físicos regulares, com reeducação alimentar e acompanhamento médico.
 
Já para minimizar as consequências no rosto, “o paciente pode recorrer a procedimentos que visam estimular a produção de colágeno, como bioestimuladores do tipo ácido poli-L-lático ou de hidroxiapatita de cálcio, e ultrassom microfocado. Preenchimento com ácido hialurônico também pode ser utilizado”, afirma a dermatologista.