A obesidade é um dos principais problemas da sociedade atual, segundo dados da Organização Mundial da Saúde - OMS - mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas e de acordo com levantamento do Ministério da Saúde, no Brasil são 6,7 milhões de casos, mas de acordo com um novo estudo, a obesidade pode gerar ainda mais danos ao organismo.





O estudo, publicado na revista científica "Nature Metabolism", analisou a atividade cerebral de 28 pessoas identificadas como "magras" - com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou menor que 25 - e 30 pacientes com obesidade - com IMC igual ou maior que 30 - após serem alimentados através de uma sonda com carboidratos de açúcar (glicose), gorduras (lipídios) ou água (como controle).



Os resultados revelaram que, para pessoas de peso normal, ao ter os açúcares e gorduras inseridos no sistema digestivo, os sinais do cérebro reduziram-se, como sinal de que havia se alimentado, paralelamente havia um aumento de dopamina, apontando a ativação dos centros de recompensa, já nos pacientes obesos, a atividade cerebral não foi reduzida, tão pouco houve aumento de dopamina, o que, de acordo com os pesquisadores, indica que alimentos mais gordurosos geram respostas mais significativas no cérebro de pessoas obesas.

Segundo o cirurgião especialista em cirurgia bariátrica, Fábio Rodrigues, o estudo reforça a importância da presença de uma equipe multidisciplinar no tratamento de obesidade, mas em especial na realização de cirurgias bariátricas.



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"Já se sabia que a obesidade afeta diversos sistemas, áreas e órgãos do corpo, e isso gera naturalmente a necessidade de uma abordagem mais ampla para tratá-la, com esse novo estudo essa necessidade ganhou um peso a mais, pois esses resultados podem indicar uma dificuldade biológica em manter a perda de peso".

"Justamente por esse tipo de processo que antes e depois da realização de uma cirurgia bariátrica é necessário um acompanhamento multidisciplinar para garantir que a perda de peso seja duradoura e estável, esse tipo de tratamento inclui psicólogos, educadores físicos e uma série de outros profissionais que trabalham em sintonia todas as áreas da vida do paciente para combater a obesidade", explica Fábio Rodrigues.

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