Um recente estudo publicado na revista Chronobiology International mostrou que notívagos, ou seja, pessoas que têm preferência por atividades noturnas, possuem expectativa de vida semelhante aos madrugadores, com exceção daqueles que consomem álcool e fumam. Um estudo anterior do Reino Unido, realizado em 2018, indicava que os indivíduos que dormiam tarde tinham 10% a mais de probabilidade de morrer, independentemente da causa, quando comparados aos que acordavam cedo. Esse estudo envolveu entrevistas com 500 mil pessoas entre 38 e 73 anos.
Notou-se que os notívagos tendem a beber e fumar mais do que os outros grupos. Quase 40 anos depois, em 2018, os pesquisadores retomaram a análise do estudo, constatando que, dos 8,7 mil gêmeos falecidos, os mais noturnos apresentavam uma taxa de mortalidade 9% maior. A diferença foi atribuída principalmente ao consumo de álcool e tabaco.
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Christer Hublin, principal autor do estudo e pesquisador do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, aconselha que os notívagos reflitam sobre seu consumo de álcool e tabaco caso sejam adeptos dessas substâncias. Segundo a pesquisa, o horário em que os indivíduos dormem (seu 'cronotipo') tem pouco ou nenhum efeito sobre a taxa de mortalidade quando fatores agravantes não são levados em consideração.
Jeevan Fernando, especialista da Universidade de Cambridge, elogia a solidez do estudo, mas aponta algumas limitações. Ele menciona que o fato de o estudo ter começado em 1981 com apenas uma pergunta sobre ser madrugador ou notívago é insatisfatório, pois não inclui informações objetivas. Além disso, o estudo não aborda o consumo de outros produtos além de álcool e tabaco.
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