O hábito de coçar os olhos pode ser prejudicial à visão, uma vez que a fricção constante da córnea fragiliza suas fibras, desencadeando ou agravando o ceratocone, uma degeneração progressiva da córnea. A condição causa um afinamento e deformação da córnea, que é projetada para frente na forma de um cone.
A coceira frequente nos olhos também pode ser secundária a uma condição alérgica (rinite, por exemplo), mas não é o único fator de risco do ceratocone, pois há uma relação com história familiar. A doença costuma se manifestar entre 13 e 18 anos de idade, então é necessário que pais levem seus filhos regularmente ao oftalmologista e fiquem atentos aos sinais acima mencionados para um diagnóstico precoce e o devido controle.
O ceratocone, explica Leonardo Gontijo, pode ser tratado por meio do uso de óculos ou lentes de contato especiais, que se apoiam na esclera, e não na córnea, fazendo delas uma solução muito confortável. Exigem um aprendizado inicial porque seu diâmetro é grande, mas são lentes superiores às rígidas e raramente saem dos olhos. Ambas as lentes - rígidas e esclerais - oferecem a melhor visão possível e são indicadas quando a condição não está em evolução, mas o paciente apresenta baixa visão, o que também vale para o implante de anel intracorneano, o Anel de Ferrara.
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Já o crosslinking é um tratamento recomendável quando há evolução do ceratocone. Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva para estabilizar a doença. Atualmente, o transplante de córnea é empregado cada vez menos e como última opção para casos avançados da condição, quando nenhuma das técnicas descritas solucionaram o problema.
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