O acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico é uma condição médica que pode ter consequências devastadoras para aqueles que o experimentam. É causado por um bloqueio em uma artéria do cérebro que interrompe o fluxo sanguíneo, resultando na morte rápida de células cerebrais e danos permanentes. Geralmente, o AVC isquêmico pode ser evitado por meio de uma alimentação saudável e equilibrada.
Giulliano Esperança é educador físico, e recentemente enfrentou um AVC isquêmico, iniciando uma jornada de recuperação baseada em determinação e cuidado consigo mesmo. Após o AVC, ele enfrentou problemas de audição e conexão das palavras, mas encontrou forças para continuar se cuidando e inspirando outras pessoas com sua história de superação.
A nutricionista funcional Cris Ribas Esperança explica que existem vários fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento do AVC isquêmico, incluindo hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e histórico familiar de AVC. A maioria desses fatores de risco pode ser controlada com mudanças no estilo de vida e, em particular, pela adoção de uma dieta saudável.
No caso de Giulliano, a região afetada no pós-AVC foi a área da fala e da compreensão - sequela que se chama afasia, uma das sequelas bastante comuns nas vítimas de AVC. Geralmente, ela altera a capacidade de falar, ler, escrever e ouvir, ou seja, de se comunicar adequadamente. A afasia não afeta a inteligência, mesmo que a fala esteja confusa ou alterada.
As pessoas com afasia podem conseguir falar e nomear, mas não conseguem usar essa linguagem de forma funcional e contextualizada. Podem ocorrer ainda situações em que há processos cognitivos, como, por exemplo, alteração de memória ou atenção. Essas alterações têm uma alta prevalência. Estudos a respeito do tema apontam que cerca de 20% a 70% dos sobreviventes de AVC ficam com alteração de comunicação, principalmente na fase aguda do AVC.Com o passar do tempo esses fatores evoluem, tanto para um comprometimento estagnado como para melhora.
No processo de reabilitação, o apoio da família é importante principalmente com limitações na fala ou linguagem, que podem apresentar vários graus. Algumas pessoas perdem a fala por completo, sem compreender nada, algumas pessoas conseguem falar poucas coisas e compreender outras, isso é diferente conforme a pessoa, o grau e local do cérebro que foi comprometido pelo AVC.
"A maioria dos fatores de risco pode ser controlada com mudanças no estilo de vida e, em particular, pela adoção de uma dieta saudável"
Cris Ribas, nutricionista funcional
Fatores de risco
O AVC isquêmico de Giulliano foi na região temporal, que é compreendida por dois blocos. No caso dele, a área afetada é mais fácil de ser trabalhada, embora ele não se encaixe nos fatores de risco conhecidos para o AVC, como hipertensão, diabetes e tabagismo. No entanto, estudos e pesquisas continuam em andamento para entender melhor esses mecanismos e desenvolver novas estratégias de prevenção e tratamento para pacientes com AVC isquêmico.
Uma das principais dicas que Giulliano usa para cuidar de sua saúde e bem-estar após o AVC é dedicar um tempo diário para o exercício físico. Ele conta que o movimento é essencial para estimular a neuroplasticidade e criar novas conexões neurais que favorecem a recuperação. Por isso, o educador físico seguiu um programa específico de exercícios adaptados às suas necessidades e limitações, que inclui treinamento de força, cárdio e alongamento. Dedicando 12 minutos do seu dia para se exercitar, sabe que mesmo em um curto período, é possível ver resultados significativos.
Além do exercício físico, Giulliano conta em suas redes sociais como está cuidando do seu estilo de vida, prestando atenção à alimentação, estudando, orando e meditando. Ele sabe que esses hábitos saudáveis podem maximizar os benefícios para sua recuperação e bem-estar. Giulliano segue uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e com baixo teor de gordura saturada e açúcares refinados. Também lê livros e artigos sobre saúde e bem-estar, além de praticar meditação e oração para reduzir o estresse e a ansiedade
Sintomas e sinais de alerta:
Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos, como:
>> Dor de cabeça muito forte, de início súbito, sobretudo se acompanhada de vômitos;
>> Fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo;
>> Paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);
>> Perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;
>> Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.
A alimentação e a recuperação do AVC isquêmico
Após um AVC isquêmico, a alimentação pode desempenhar um papel importante na recuperação e na prevenção de futuros AVCs. Cris Ribas Esperança cita algumas dicas sobre como a alimentação pode ajudar na recuperação do AVC isquêmico:
1 Consuma uma dieta balanceada: É importante que a pessoa tenha uma dieta balanceada e rica em nutrientes, incluindo uma variedade de frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Os alimentos devem ser ricos em vitaminas, minerais e fibras.
2 Beba bastante água: É importante manter-se hidratado após um AVC isquêmico. A pessoa deve beber bastante água e evitar bebidas açucaradas e alcoólicas.
3 Reduza o consumo de sódio: Reduza o consumo de alimentos processados e salgados e evite adicionar sal às refeições. Isso pode ajudar a controlar a pressão arterial e reduzir o inchaço.
4 Aumente a ingestão de fibras: As fibras são importantes para a saúde do coração e podem ajudar a reduzir o colesterol. Alimentos ricos em fibras incluem frutas, vegetais, grãos integrais, nozes e sementes.
5 Consuma alimentos ricos em antioxidantes: Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, legumes, nozes, chá-verde e cacau, podem ajudar a reduzir a inflamação e o dano celular após um AVC.
6 Evite álcool e tabaco: O álcool e o tabaco são fatores de risco para o AVC isquêmico e devem ser evitados ou reduzidos o máximo possível.
7 Consulte um nutricionista: Um nutricionista pode ajudar a pessoa a planejar uma dieta personalizada que atenda às suas necessidades nutricionais individuais e ajude na recuperação após o AVC.
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