O avanço tecnológico trouxe inúmeros benefícios e conveniências para a vida cotidiana. No entanto, a obrigatoriedade de estar constantemente conectado e a pressão para responder instantaneamente a várias demandas podem prejudicar nossa saúde mental.





Um fenômeno comum é a idealização da vida perfeita frequentemente retratada nas redes sociais. Anna Lúcia King, especialista em Saúde Mental do Instituto Delete, afirma que isso pode levar indivíduos com baixa autoestima a acreditar que a vida de todos é perfeita, exceto a sua, o que pode levar ao desenvolvimento de condições como depressão.



No Instituto Delete, associado à Faculdade de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o número de casos relacionados a esse fenômeno está aumentando. Muitos indivíduos passam horas a fio em seus computadores ou celulares, seja para trabalho, pesquisa ou entretenimento, o que pode resultar em estresse e até mesmo compulsão.

Além disso, nem sempre é fácil identificar um uso excessivo de aparelhos eletrônicos. Muitos pais podem demorar a perceber que seus filhos estão enfrentando problemas devido à excessiva exposição digital.





Os jogos online, por exemplo, podem se tornar uma obsessão. Gabriel Fernandes, administrador financeiro, admitiu que sua obsessão por jogos online afetou seus estudos durante a adolescência.

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Yasmin Torres, estudante universitária, também compartilhou sua experiência com a dependência de celular, que a levava a ficar estressada sempre que a conexão à internet falhava ou sua utilização era interrompida.

No entanto, a solução não é eliminar totalmente o uso da tecnologia, mas sim adotar uma abordagem mais consciente e equilibrada. Anna Lúcia King enfatiza a importância do exercício físico e aconselha fazer pausas regulares e incorporar atividades físicas na rotina diária.

Com terapia, tanto Gabriel quanto Yasmin estão aprendendo a gerir melhor sua relação com a tecnologia e a reduzir o impacto negativo em suas vidas.

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