O diagnóstico de doença renal crônica (DRC) afeta profundamente a dinâmica e qualidade de vida dos pacientes, e tem várias causas e fatores de risco. A pessoa portadora da DRC perde de maneira definitiva a função renal e necessita de algum método substitutivo, entre as opções terapêuticas estão disponíveis: diálise peritoneal, transplante renal, hemodiálise e a hemodiafiltração, também conhecida como HDF.
Presente como alternativa terapêutica há um pouco mais de duas décadas, a hemodiafiltração é uma modalidade que combina duas formas de filtragem: a difusão e a convecção. A HDF utiliza um filtro (dialisador) através de uma máquina capaz de remover toxinas existentes no organismo em um volume maior do que a hemodiálise convencional.
Com sua alta performance, essa terapia se destaca por conseguir retirar substâncias e o excesso de líquido para fora da corrente sanguínea, de maneira relativamente mais eficaz do que outras terapias, proporcionando também conforto, qualidade de vida e menos complicações ao paciente.
“Em meados de 2012, trabalhos científicos começaram a comparar a hemodiálise convencional com a hemodiafiltração, evidenciando benefícios no tratamento como redução na mortalidade, redução na mortalidade cardiovascular, melhor controle da anemia e controle de fósforo, diminuição de sintomas intradialíticos como hipotensão, câimbras e principalmente agindo na recuperação da fadiga pós – hemodiálise”, explica destaca Bruno Graçaplena, nefrologista e responsável técnico pela DaVita Monte Serrat.
Não há contraindicações para a hemodiafiltração
Segundo o nefrologista por mais que seja uma terapia nova e que apresente muitos benefícios, há alguns pontos que precisam ser considerados para que seja vantajoso para o paciente.
“Não há contraindicações para a hemodiafiltração, o que ocorre é que seus benefícios são alcançados a longo prazo, portanto, pacientes com baixa expectativa de vida em 5 anos e pacientes que não possuem acesso vascular com fluxo de sangue maior que 320ml/min não atingem os benefícios ofertados pela HDF, não havendo sentido na mudança de terapia”, complementa Graçaplena.
É válido ressaltar que todo o tratamento deve ser acompanhado por um médico nefrologista e com uma rotina de exames que avaliam o estado clínico do paciente e suas necessidades que podem variar de acordo com a atual condição da sua função renal.
Sign in with Google
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Estado de Minas.
Leia 0 comentários
*Para comentar, faça seu login ou assine