O Ministério da Saúde assinou contrato, nesta terça-feira (20), para a aquisição de 473 mil insulinas análogas de ação rápida para o tratamento de pessoas que vivem com diabetes. A previsão é que a remessa seja distribuída para todos os estados e para o Distrito Federal a partir da próxima semana.





A pasta disse, em nota, que a empresa Novo Nordisk pode fazer a entrega do produto em até 60 dias após a assinatura do contrato pela regra do pregão. No entanto, diante da dificuldade de aquisição do medicamento e risco de desabastecimento, houve o pedido de antecipação da entrega.

A reportagem revelou que poderia faltar insulina para diabetes nos estados porque o estoque do ministério acabaria em abril. Em maio, já houve a falta do produto em alguns estados.

As mais de 400 mil doses de insulina complementarão o abastecimento da rede, juntamente com as 1,3 milhão de doses da aquisição emergencial internacional que teve contrato assinado em maio. A previsão é que essa remessa seja entregue até 9 de julho.

As insulinas análogas de ação rápida foram incorporadas ao SUS em 2017 após aprovação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde).





Sociedades e entidades médicas e representativas de pessoas com diabetes não recomendam a substituição da insulina análoga pela insulina humana regular, que pode aumentar o risco de hipoglicemias graves e noturnas, por exemplo.

Como a Folha mostrou, o risco do desabastecimento foi alertado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e ocorreu porque não houve propostas nos pregões abertos em agosto do ano passado e em janeiro deste ano.

O Ministério da Saúde disse ao TCU que, diante do insucesso das licitações realizadas na gestão do governo Bolsonaro, optou por realizar a compra direta emergencial do produto, em janeiro deste ano, para impedir o desabastecimento.

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