A candidíase vaginal é uma infecção ginecológica muito comum entre as mulheres. Causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans, tem como sintomas o corrimento esbranquiçado ou amarelo esverdeado, ardência, coceira intensa e inchaço ou vermelhidão na vulva. Segundo a ginecologista membro da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), Mari Neide Ausani, a doença é bastante incômoda e deve ser combatida em sua causa.
"Muitas vezes, a candidíase é a ponta do iceberg para mostrar uma série de outros problemas de saúde. É preciso entender o que está acontecendo com o nosso corpo, caso contrário a doença pode voltar na primeira oportunidade", aponta a médica.
Em muitos casos, diz a especialista, não se trata de um episódio isolado, mas sim de uma doença recorrente difícil de tratar, uma vez que ela não é combatida em sua causa. Por isso, a gincologista ressalta que o contexto é muito importante para saber qual o tratamento mais eficaz.
"Precisamos pensar o que, em nosso cotidiano, aumenta a predisposição da paciente em desenvolver a candidíase. Pode ser, por exemplo, uma dieta inflamatória, muito rica em açúcar refinado, uso de anticoncepcional e de espermicidas, uso de DIU e algumas predisposições genéticas", pontua.
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Ela conta que o aumento da quantidade de fungos do tipo Candida pode ser causado por vários fatores: alterações hormonais, estresse, uso de antibióticos, enfraquecimento do sistema imunológico devido a outras doenças, uso de roupa íntima sintética ou muito apertada, doenças autoimunes e até maus hábitos de higiene.
De acordo com a especialista, a paciente precisa procurar ajuda médica para passar por um exame clínico ou até testes específicos. "O tratamento da candidíase é sempre indicado pelo ginecologista, que pode receitar o uso de antifúngicos, na forma de pomadas, óvulos vaginais ou comprimidos, por exemplo", reforça.