Especialistas em saúde recomendam que a pressão arterial seja medida pelo menos uma vez por ano, iniciando este hábito já aos 3 anos de idade. Essa frequência é crucial para o diagnóstico de hipertensão arterial, uma doença crônica que exige que a maioria dos pacientes faça uso de medicamentos contínuos para controle.
A hipertensão arterial é diagnosticada baseada em dois valores: 14 por 9. Se os valores da pressão arterial atingirem ou excederem esses números, é um sinal de que algo pode estar errado. A medição da pressão arterial é a única maneira de detectar a pressão alta, uma doença que muitas vezes não apresenta sintomas.
A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é representada por duas medidas: a pressão sistólica (o valor mais alto) e a pressão diastólica (o valor mais baixo). Uma pressão arterial de 14 por 9, por exemplo, equivale a 140/90 mmHg. A pressão sistólica de 140 representa a pressão nos vasos sanguíneos quando o coração bate, enquanto o valor diastólico de 90 representa a pressão quando o coração está em repouso.
O diagnóstico de hipertensão arterial só é confirmado após medições reiteradas em duas ou mais consultas médicas. Além disso, para que a medição seja precisa, o paciente não deve ter praticado exercícios, consumido álcool ou cafeína, fumado ou estar com a bexiga cheia antes da aferição.
Leia também: 45 anos do primeiro bebê de proveta: o que muda em relação à infertilidade?
A hipertensão arterial é uma doença silenciosa: em 90% dos casos, não apresenta sintomas. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e mortalidade. Segundo estudos, a pressão alta foi responsável por 600 mil mortes, diretas e indiretas, na última década no Brasil. Além disso, houve um aumento de 59% na taxa de mortalidade por hipertensão nos últimos dez anos, registrando o maior valor da série histórica em 2021.
A pressão arterial é classificada em várias categorias: ótima, normal, pré-hipertensão e hipertensão nos estágios 1, 2 e 3. Indivíduos com pressão arterial na faixa dos 13 por 8 são considerados pré-hipertensos. A hipertensão começa a partir do estágio 1, quando os níveis aumentam para 14 por 9.
Os fatores de risco do paciente são essenciais para o diagnóstico e tratamento da hipertensão. Histórico familiar de pressão alta, obesidade, diabetes, tabagismo e idade avançada são fatores que podem agravar a condição. Por outro lado, um indivíduo pré-hipertenso pode não apresentar um risco elevado se não tiver fatores predisponentes para a doença.
Para todos os casos, é importante adotar um estilo de vida saudável, com uma dieta balanceada e a prática regular de atividades físicas. A maioria dos pacientes com hipertensão precisa fazer uso contínuo de medicamentos. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza mais de 20 medicamentos para o tratamento da hipertensão, que devem ser tomados diariamente e por toda a vida, já que a doença não tem cura.