Não é preciso ser médico nem especializado em saúde e sexualidade masculina para cravar: homens evitam falar da perda de libido, por medo de julgamento, tabu social, machismo ou falta de informação. No entanto, especialistas indicam que quanto mais eles abrirem o jogo e se munirem de dados médicos e suporte científico, o problema poderá ser amenizado ou superado. Mas, primeiro, é preciso saber o que leva a esta perda, certo?

Para tirar todas as dúvidas, o médico Phd e onco-urologista Renato Corradi esclarece sobre o assunto que, vira e mexe, rodeia a mente dos homens. Afinal, as razões são emocionais, físicas, bioquímicas? Como identificar e proceder na prática?

Primeiro, é preciso esclarecer: o que significa libido? A palavra é sinônimo de desejo sexual e qualquer pessoa, em diferentes faixas etárias, pode sofrer com a ausência desse interesse. Saiba, em detalhes, como reconhecer os sinais da perda dela em homens e conheça as principais causas e as formas de tratamento contra essa condição.



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De acordo com Corradi, é comum que os homens associem a libido à virilidade, o que faz com que esse tema siga como um tabu. No entanto, existem diversas razões para a perda do desejo sexual: “A libido costuma variar de acordo com o organismo e até o estilo de vida do homem. Ela pode diminuir em determinadas situações, como durante episódios de estresse, ansiedade e até cansaço, mas costuma se normalizar depois de algum tempo”.

Desejo sexual em baixa

Segundo Renato Corradi, é preciso atentar, no entanto, aos casos em que o desejo sexual está sempre em baixa, já que isso pode prejudicar a qualidade de vida do homem, muitas vezes provocando, inclusive, complicações sociais.

“Embora existam várias possibilidades para explicar a falta de libido masculina, é importante destacar que ela está diretamente associada à diminuição da testosterona, que é o hormônio sexual masculino”, acrescenta o médico.





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Quais os sinais da perda da libido masculina?

Médico onco-urologista Renato Corradi diz que embora existam várias possibilidades para a falta de libido masculina, ela está diretamente associada à diminuição da testosterona, o hormônio sexual masculino

(foto: Arquivo Pessoal)


Conforme Renato Corradi, é possível reconhecer a perda do desejo sexual levando em consideração alguns sinais, que podem indicar a necessidade de procurar ajuda. Entre as alterações mais comuns no dia a dia do homem estão:
  • Baixo interesse sexual
  • Dificuldade de ereção
  • Dificuldade em alcançar o orgasmo
  • Menor frequência de relações sexuais
  • Também é comum que outros sintomas, como a falta de disposição, problemas na memória e mudanças constantes de humor, sejam detectados.

O que causa a falta de libido?

Na maior parte das vezes, a falta de libido masculina está relacionada a fatores psicológicos, mas questões fisiológicas e fatores externos também podem ser gatilhos para a perda do desejo sexual. Conrradi destaca:

  1. Fatores psicológicos: A saúde mental está diretamente ligada à saúde sexual. Diante disso, fatores psicológicos estão entre as causas mais frequentes para a falta do desejo sexual, já que podem afetar a produção de testosterona e hormônios do prazer. Estresse, ansiedade e depressão são alguns dos problemas psicológicos mais comuns.
  2. Desequilíbrio hormonal: Determinados hormônios influenciam a regulação da libido — sendo a testosterona, como já citado, o principal. Quando há um descontrole no organismo, o corpo pode, automaticamente, diminuir a libido. Diversos fatores podem provocar o desequilíbrio hormonal no homem e é necessário investigar as causas para tratar o problema.
  3. Uso de medicamentos: Alguns medicamentos podem provocar a falta de libido masculina, sendo os antidepressivos e as medicações para hipertensão arterial os mais comuns.
  4. Álcool: O excesso de álcool é uma das causas frequentes da perda do desejo sexual e o abuso dessa substância pode até provocar disfunção erétil.
  5. Disfunção erétil: A disfunção erétil, aliás, também pode provocar a ausência da libido nos homens. Esse assunto também é considerado um tabu, apesar de sua grande importância. 

Como tratar?

O onco-urologista Renato Corradi enfatiza que, antes do tratamento, é necessário consultar um urologista, que vai investigar as causas do problema e, a partir desse diagnóstico, indicar a melhor forma de tratá-lo.



E o tratamento pode variar a depender do caso, mas os mais comuns são:
  • Psicoterapia: O tratamento psicoterápico é indicado quando o profissional identifica que o problema é causado por questões psicológicas. Normalmente, terapias são as mais indicadas para casos do tipo, inclusive as de casal, em determinadas situações.
  • Reposição hormonal: Quando o médico diagnostica alterações no nível de testosterona no organismo, o tratamento de reposição hormonal pode ser indicado. É fundamental, no entanto, destacar que a reposição só deve ser feita por recomendação profissional.
Para todas essas questões, não deixe de procurar um médico especialista ou profissionais da saúde, incluindo da psicologia, para saber a melhor forma de tratar.

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