Com base no histórico de 165,3 mil atendimentos feitos no segundo trimestre de 2023 através da plataforma de telemedicina da Docway, empresa com atuação em soluções de saúde digital no Brasil, foi elaborado um ranking das principais doenças crônicas que acometeram a população no período. Na pesquisa, o diagnóstico de ansiedade generalizada apareceu com 68% de incidência.
É fundamental entender a diferença entre a ansiedade comum e os transtornos ansiosos. "A ansiedade é uma função natural do organismo e todos nós a experimentamos em determinados momentos. Ela nos prepara para lutar ou fugir em situações de perigo iminente. Mas quando a ansiedade se torna disfuncional, gerando prejuízos para a vida do indivíduo, é necessária uma investigação com profissional de saúde mental para avaliar o diagnóstico de um transtorno", explica Karen.
Os principais sintomas da ansiedade abrangem aspectos cognitivos e fisiológicos, incluindo tremores, sudorese, pensamentos acelerados, tensão muscular, desconforto gastrointestinal, irritabilidade e distúrbios do sono, entre outros, sendo importante considerar a diferença entre traço e transtorno. "Os traços referem-se aos sintomas isolados que preenchem alguns critérios diagnósticos, mas não o suficiente para caracterizar um transtorno ansioso. Já o diagnóstico de transtorno deve levar em conta a combinação de sintomas, frequência, intensidade e sofrimento clinicamente significativo", aponta a psicóloga.
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Quando se trata de tratamentos e abordagens eficazes para a ansiedade, as terapias cognitivas e comportamentais são consideradas o padrão-ouro, com maior evidência científica e maior probabilidade de resultar em remissão de sintomas. Um exemplo dessa abordagem é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Além da terapia, Karen Valéria sugere oito dicas para lidar com os sintomas da ansiedade no dia a dia:
Administração do pensamento
Identificar os gatilhos e tipos de pensamentos predominantes em momentos de ansiedade a fim de entender o porquê de aquele ambiente ou situação ser ansiogênico.
Praticar exercícios físicos
Apesar de parecer clichê, a prática de atividade física é um dos pilares para o tratamento de saúde mental, pois gera uma resposta fisiológica importante para o organismo.
Praticar a atenção plena
Quando se realiza muitas coisas ao mesmo tempo, é comum não conseguir focar em nenhuma delas, o que gera um sentimento de ansiedade. Praticar a atenção plena é focar no presente, entender que o que se está fazendo precisa ter um começo, meio e fim, e se entregar totalmente para a atividade do momento.
Utilizar técnicas de relaxamento
É importante buscar uma técnica de relaxamento que funcione para cada pessoa, entender o que realmente lhe desliga e acalma. Um exemplo é a meditação.
Controlar a respiração
A respiração curta, comum na crise de ansiedade, contribui para a manutenção dos sintomas fisiológicos. Entre as técnicas recomendadas para auxiliar no controle de crises está a respiração diafragmática, na qual o indivíduo deve prestar atenção em sua própria respiração e identificar os movimentos de inspirar e expirar, colocando a mão sobre o abdômen e a região peitoral.
Evitar o uso de substâncias estimulantes
Cafés e energéticos, por exemplo, podem piorar a ansiedade e a qualidade do sono. É importante evitá-los ou consumir de forma moderada.
Fazer higiene do sono
Uma noite bem dormida promove um dia seguinte produtivo, o que também ajuda no controle da ansiedade. Algumas técnicas são criar uma rotina antes de dormir e evitar o uso do celular na cama.
Estabelecer uma rotina saudável
Priorizar atividades com tempo hábil para serem realidades e administrar visualmente o tempo pode evitar o sentimento de improdutividade. Uma rotina saudável é aquela possível de ser realizada.
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