A estrela mundial da música, Adele, recentemente tornou público seu problema com uma infecção cutânea causada pelo uso contínuo de uma cinta modeladora, um acessório muito usado entre as celebridades para manter a forma durante as apresentações. A cantora britânica desenvolveu 'tinea cruris', uma infecção fúngica que se instala em áreas úmidas e quentes do corpo, provocada pelo suor excessivo na região.
A revelação de Adele ressoou nas experiências de outras pessoas que usam esse tipo de acessório, como a esteticista Leticia Freitas, de 27 anos, que também sofreu com problemas de pele e dores musculares devido ao uso prolongado da cinta, inclusive durante o sono. A causa dos problemas de Leticia também foi o uso da cinta modeladora, cujo tamanho estava incorreto.
Aldo Toschi, dermatologista e coordenador da área de dermatologia do grupo de tumores cutâneos do IBCC Oncologia, explica que complicações como as vividas por Adele e Leticia ocorrem quando a pele não consegue respirar adequadamente. Materiais sintéticos e o uso prolongado ou durante atividades físicas intensas, dificultam a transpiração normal da pele. Toschi recomenda o uso de cintas com mais componentes naturais e semissintéticos e que o conforto deve ser o principal critério na escolha do acessório.
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Cinta modeladora não é mais indicada
A ginecologista e obstetra Helga Marquezini, do Hospital Sírio-Libanês, aponta que as cintas, antes recomendadas no pós-parto para a recuperação dos órgãos e da parede abdominal, não são mais indicadas. Hoje, a recomendação é o fortalecimento natural da musculatura abdominal por meio de exercícios específicos, orientados por profissionais.
Em cirurgias plásticas, as cintas podem ser úteis temporariamente para garantir o conforto do paciente, mas o uso não deve ser prolongado.
Em cirurgias plásticas, as cintas podem ser úteis temporariamente para garantir o conforto do paciente, mas o uso não deve ser prolongado.
A fisioterapeuta Aline Centini, do Hospital Albert Einstein, reforça que o uso de cintas modeladoras não estimula a musculatura da região, podendo até levar à perda de força. O uso pós-operatório, muitas vezes indicado por médicos, deve ser breve e tem a função apenas de lembrar o paciente da recente cirurgia, não de estabilizar ou comprimir a região.
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