Chamado de Qdenga, o imunizante contra a dengue, que chegou recentemente ao Brasil, é o único que pode ser aplicado em pessoas que nunca pegaram a doença.
Este ano, 635 pessoas morreram por causa da dengue no país. De acordo com o Ministério da Saúde, as mortes aumentaram 22% e já passam da metade de todas as mortes da doença no ano passado.
A chegada da vacina Qdenga pode representar um avanço no controle da doença. Segundo a Anvisa, a proteção varia conforme o tipo de dengue. Porém, a eficácia global do imunizante atingiu 80% de prevenção de casos sintomáticos.
Abaixo, Gustavo Campana, vice-presidente médico da Alliança Saúde, empresa de medicina diagnóstica, esclarece três dúvidas sobre a vacina:
O imunizante tem efeitos colaterais? Se sim, quais são?
Como qualquer vacina algumas pessoas podem desenvolver reações adversas como dor e vermelhidão no local da aplicação, dor de cabeça, dor no corpo, mal estar, cansaço e febre. O importante é saber que caso alguma dessas reações surjam, usualmente elas serão leves a moderadas e autolimitadas (até máximo 3 dias de duração).
Quem pode tomar? E quem não pode tomar?
A vacina está indicada para pessoas de 4 a 60 anos, com ou sem exposição prévia ao vírus da dengue. As principais contraindicações são: imunossupressão (por doença e/ou uso de medicamentos), grávidas e lactantes é alergia a algum componente da vacina.
Preciso ter algum cuidado especial em relação à vacina?
Como qualquer novo produto, é importante tirar todas as dúvidas com seu médico e caso seja elegível para receber a vacina, apresentar a prescrição médica no serviço de vacinação. A vacina não pode ser administrada junto com outros imunizantes: é preciso esperar de 28 a 30 dias entre as aplicações. A exceção é em relação às vacinas da febre amarela e hepatite A, que podem ser aplicadas junto com a da dengue no mesmo dia.