O tromboembolismo venoso é caracterizado pela presença de um trombo ou um coágulo no sistema circulatório.  A condição se manifesta de duas formas: trombose venosa profunda (TVP), que acomete uma veia profunda dos membros inferiores; e o tromboembolismo pulmonar (TEP), que é a terceira maior causa de morte cardiovascular, e hoje é considerada a principal causa evitável de morte intra-hospitalar. Ela ocorre quando o coágulo ou trombo se desloca pela corrente sanguínea e se aloja nas artérias do pulmão, o que dificulta a oxigenação do sangue, mas o que a torna mais grave é quando sobrecarrega o trabalho do coração, podendo levar ao infarto do miocárdio e ao óbito.





O desenvolvimento da doença está relacionado à falta de mobilidade, como ficar longos períodos sentados ou em pé, situações rotineiras em ambientes de trabalho, durante viagens demoradas e em pós-operatórios. Conforme explica o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo, Fábio Rossi, existem outros fatores de risco, que são TEV prévio, obesidade, insuficiência cardíaca e renal, doenças autoimunes, tabagismo, câncer, trauma, cateter venoso central, varizes nos membros inferiores, causas genéticas e doenças infecciosas como as infecções virais e bacterianas graves.

Apesar de se manifestar com maior incidência em pessoas mais velhas, o TEV também pode acometer os mais jovens devido a maus hábitos, como o do tabagismo – e isso vale para narguilé e cigarros eletrônicos - e o sedentarismo. As mulheres, tanto as mais jovens como as mais adultas, que usam anticoncepcionais ou fazem reposição hormonal, estão na gravidez ou no puerpério, possuem chances mais altas de desenvolver a condição do que os homens

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Os sintomas mais comuns do tromboembolismo venoso são inicialmente dor, inchaço, calor, vermelhidão, edema e endurecimento do tecido do membro acometido. Em quadros com embolia pulmonar, os indícios são tosse, dor torácica, escarro com sangue, palpitações, desmaio e até parada cardiorrespiratória nos casos mais graves. É muito importante entender que pode existir TVP sem TEP, mas não TEP sem TVP, por isso, é fundamental que os casos suspeitos sejam imediatamente investigados, e se confirmados, imediatamente seja prescrito o uso de 
anticoagulantes.




Presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - SP, Fabio Rossi, diz que há outros fatores de risco para a TEV como obesidade, doenças autoimunes entre outros

(foto: Reprodução)
Segundo o médico, sem o diagnóstico e tratamento corretos e imediatos, o TEV acarreta complicações graves, sendo a parada cardíaca e, consequentemente, o óbito o quadro mais crítico, que acontece em 19,6% dos casos de embolia pulmonar maciça.  Em uma fase tardia e crônica, a obstrução parcial das artérias do pulmão pode gerar a hipertensão pulmonar tromboembólica crônica, uma causa frequente de perda de qualidade de vida e que acomete de 2 a 4% dos pacientes sobreviventes.

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O diagnóstico é feito com o auxílio de exames, sendo a ultrassonografia com Doppler vascular indicada nos casos de suspeita de trombose, e a tomografia computadorizada nos casos de hipótese de embolia pulmonar. “Além da anticoagulação, que deve ter acompanhamento médico, pois existe o risco de hemorragia, nos casos graves, quando existe risco de morte, existe indicação de dissolução imediata do trombo, que pode ser feita por infusão de medicamento endovenoso, ou por aspiração com técnicas de cateterismo, que vêm apresentando resultados clínicos promissores, com redução do risco de sangramento”, orienta Fábio Rossi.

 

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