À medida em que a busca por um corpo ideal tem sido cada vez mais frequente, estratégias alimentares antigas ressurgem. Este é o caso do jejum intermitente, que consiste em longos períodos onde não é feita ingestão de alimentos ou de calorias. Na prática, só é permitido o consumo de bebidas como água e chás que não contenham calorias. A partir de 12h, ele pode ser feito em qualquer intervalo, mas os tipos de jejuns intermitentes mais famosos são de 12,16,24 e 36 horas.





O nutricionista Thiago Cunha, sócio da Clínica Be Light, e especialista em performance, emagrecimento e longevidade, explica que, no jejum intermitente, a perda de peso ocorre devido ao déficit calórico que funciona de forma mais intensa, já que o organismo tem uma baixa calórica de maneira mais severa: “Quando o corpo entre em déficit calórico, ou seja, começa a gastar mais calorias do que ele ingere, esse déficit calórico faz com que haja a perda de peso”, explica. Ele ressalta que é importante lembrar que nessa estratégia ocorre a perda de peso - e não necessariamente só de gordura.

Thiago destaca que, além da perda de peso, o jejum intermitente tem outros benefícios à saúde, como o controle de glicemia devido à baixa da glicose no sangue, um menor estufamento gástrico, fazendo com que se tenha um melhor trânsito intestinal.

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Baixa de energia

No entanto, ele afirma que, nos períodos de jejum intermitente, ocorre uma baixa de energia, uma vez que o nosso aporte calórico cai significativamente, e isso pode causar alguns efeitos colaterais - visto que essa pessoa que tem uma demanda calórica diária começa a não ingerir as calorias necessárias. Dentre os efeitos colaterais mais comuns, ele aponta sensações como náuseas, vômito, cansaço, tontura e em casos mais extremos até episódios de desmaio.





O nutricionista explica que o jejum intermitente se trata de uma estratégia nutricional que deve ter início, meio e fim - e que nesse processo deve ser levada em conta a rotina de cada pessoa, para saber se o jejum intermitente é saudável e seguro para o paciente: "O problema é a generalização e como isso é colocado para qualquer paciente. Para pacientes em fase de crescimento ou com rotinas diárias muito intensas, em determinados casos, essa talvez não seja a melhor estratégia”, destaca o nutricionista.

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Thiago avisa que esse processo deve ser feito de forma gradativa. De acordo com ele, o paciente não pode começar esse jejum de forma brusca, fazendo de imediato longos períodos e que ele deve estar atento e refletir se esse tipo de estratégia intensa cabe na sua rotina. Ele conclui afirmando que as pessoas devem tomar cuidado sobre essas informações que vêm na internet, e que é imprescindível o acompanhamento de um nutricionista ao longo de todo o processo.

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