Apesar de não ser um termo tão conhecido entre a população, a tromboflebite é uma doença comum no Brasil, mais habitual entre as mulheres e costuma se manifestar nos membros inferiores. É uma trombose que ocorre nas veias superficiais ou profundas, ou seja, uma inflamação da veia causada por um trombo (coágulo).





Os dados mostram que a trombose atinge cerca de 180 mil brasileiros por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Mas, será que sentir rigidez e dificuldade de movimentar as pernas podem indicar Tromboflebite?

O cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Márcio Steinbruch, explica que a tromboflebite é uma doença bastante silenciosa, onde o paciente não apresenta nenhum sintoma até que haja complicações, principalmente quando se trata de uma trombose venosa profunda ou tromboflebite profunda. E que, por isso, quando algum sinal de alerta surgir é importante procurar ajuda médica e investigar o sintoma.

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“A formação de um coágulo no interior da veia causa um represamento do sangue. E isso pode gerar inchaço e dor moderada no membro. Caso ocorra em uma veia logo abaixo da pele (tromboflebite superficial), seus sintomas basicamente são dor e endurecimento local, que podem evoluir para sequelas estéticas como manchas marrons. Mas, caso ocorra em uma veia interna (tromboflebite profunda), seus sintomas podem ser bem mais severos como inchaço e dor muito forte que impede até a movimentação. Então, a resposta é sim. Rigidez e dificuldade de movimentação podem ser indícios de tromboflebite”, alertou.

Queimação e peso nas pernas

Além de prestar atenção aos outros sintomas como a sensação de queimação e peso nas pernas, e a cor mais arroxeada ou mesmo mais azulada da região, é importante estar ciente sobre os fatores de risco da doença como: predisposição genética, obesidade, varizes, uso de hormônios e tabagismo.





Segundo o cirurgião vascular, existem alguns dispositivos de segurança que acontecem dentro dos vasos para que essa formação de trombos não ocorra e o sangue continue circulando normalmente.

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“A velocidade com que o sangue circula é um dos mecanismos de controle para impedir a trombose. Se a velocidade cair abaixo de um limite mínimo, pode ocorrer uma coagulação e as chances de uma tromboflebite se manifestar aumentam. Por isso, gestantes, pessoas com varizes e em situações em que permanecem imóveis por um extenso período, como, por exemplo, longas viagens de avião e cirurgias são grupos de risco já que a circulação fica prejudicada nessas circunstâncias”, destaca Márcio Steinbruch.

Trombose arterial

Vale lembrar que a tromboflebite profunda não está restrita aos membros inferiores, ela também pode atingir uma artéria (trombose arterial). Podendo causar um infarto do miocárdio se estiver localizada em uma artéria que irriga o coração ou um acidente vascular cerebral isquêmico se for em uma artéria cerebral.

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Um dos maiores riscos da doença é o coágulo ou parte dele se soltar e chegar até o pulmão, causando uma embolia pulmonar. Para todos os casos, no entanto, a orientação é manter uma rotina médica de prevenção em vez esperar algum sintoma aparecer.
  

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