Em duas décadas, a quantidade de brasileiros que morreram por hepatites virais caiu de 8% a 4% ao ano. A má notícia é que as regiões Norte e Nordeste tiveram um aumento de cerca de 5% ao ano na mortalidade por hepatite crônica, na contramão do restante do país.



Os dados são de uma pesquisa da Universidade Tiradentes, de Sergipe divulgada nesta semana.

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É que, em alguns casos, as hepatites B, C e Delta podem evoluir para formas crônicas, cirrose hepática ou até câncer de fígado. Os estados do Acre e Amazonas apresentaram as taxas de mortalidade por hepatite viral crônica mais altas do país.

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De acordo com a cirurgiã do aparelho digestivo e pesquisadora, Sonia Oliveira Lima, há uma alta prevalência de soropositividade para o vírus da hepatite Delta na região Norte, que concentra mais de 70% dos casos.



Além disso, o número de mortes por agravamento da doença pode ser maior como explica a médica.

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De acordo com a pesquisa, a média de morte por hepatite viral crônica é quatro vezes maior que a taxa das outras hepatites virais.

A pesquisadora da Universidade Tiradentes, Sonia Oliveira Lima, considera que diferenças como acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento pela rede de saúde podem ter influenciado nas discrepâncias entre as regiões do país.

Nesta semana, a Sociedade Brasileira de Hepatologia decidiu tornar permanente, e com vigência durante todo o ano, a campanha de conscientização e combate às hepatites virais, que marca tradicionalmente o mês de julho.

Na próxima semana, a entidade se reúne com o Ministério da Saúde, com o objetivo de traçar metas e planos para estender pelo país ações de diagnóstico, tratamento e combate às hepatites virais.

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