Ficar exposto ao mofo pode trazer prejuízos a saúde que vão além das vias respiratórias. É o que conta recente estudo americano sobre os diferentes efeitos desses fungos no corpo humano. A publicação científica que integra o Behavioural Brain Research relata que pessoas que moram ou trabalham em ambientes ou construções com mofo, também podem apresentar confusão mental e déficit no desempenho cognitivo. Entre os danos causados, também são contempladas dores diversas, além de fadiga, ansiedade e, até mesmo, depressão.
Ambientes com excesso de umidade, com vazamentos, infiltrações e que recebem pouca luz solar são os mais propícios para a proliferação de fungos geradores de mofo. De acordo com Enios Carlos Duarte, coordenador do curso de Biologia do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), são várias as espécies desses micro-organismos que podem se reproduzir no ambiente doméstico, inclusive, dentro de casa. "O Aspergillus e o Cladosporium, por exemplo, são extremamente comuns em áreas internas. Eles podem crescer em áreas úmidas como banheiros, porões e locais molhados, e são causadores de uma série de alergias e infecções pulmonares", explica o especialista.
Construções também são locais onde a aparição de mofos acontece com facilidade, principalmente após longos períodos de chuva. Neste tipo de situação, a estrutura da obra fica exposta à umidade e, muitas vezes, há o represamento de água, uma vez que ela não tem tempo suficiente de evaporar. "Em áreas extremamente úmidas, com paredes molhadas e com vazamentos, há o surgimento de fungos como o Stachybotrys que, quando inalado, pode ser responsável por graves problemas respiratórios e dores de cabeça", conta Enios.
Independente da área do imóvel, seja interna ou externa, prevenir infiltrações e vazamentos se faz primordial, tanto para a saúde de seus moradores, como para a vida útil da construção. Neste sentido, o processo de impermeabilização de paredes, lajes, pisos, entre outros, se torna um importante recurso.
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Gisele Barreto, coordenadora técnica da Sika, empresa especializada em produtos químicos para construção civil, ressalta que a impermeabilização não é um processo restrito apenas à fase inicial da obra, mas sim parte do cronograma de manutenção essencial a qualquer tipo de imóvel. "Quando o assunto é cuidar e prevenir infiltrações, é necessário ter em mente que cada área de um projeto ou cômodo da casa vai exigir um tipo de cuidado e produto específico a ser utilizado. Isso porque possuem particularidades a nível de materiais e instalações que devem ser respeitadas para garantir um bom resultado", afirma.