Criança sendo vacinada

A vacinação infantil segue um calendário específico, com idades recomendadas para cada vacina

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a chegada das férias escolares de julho, muitas famílias aproveitam para viajar e tirar alguns dias de descanso. Mas pais e responsáveis ainda devem ficar alertas à segurança e aos cuidados das crianças. Com a queda da temperatura nesta época do ano, doenças respiratórias como a gripe e COVID-19 se tornam presentes e as crianças fazem parte do público prioritário por serem mais suscetíveis a essas infecções. Colocar a carteira de vacinação da criançada em dia é uma maneira de garantir a proteção contra doenças graves, que podem ser fatais. 

A diretora da clínica de vacinas Salus Imunizações, Marcela Rodrigues, explica que a vacinação é uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças. Vacinas são substâncias que contêm antígenos que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos contra doenças específicas. Quando uma criança é vacinada, ela é exposta a uma versão enfraquecida ou inativa do agente causador da doença, e seu corpo produz uma resposta imunológica semelhante à que ocorreria se ela fosse infectada naturalmente.

 
Isso significa que a criança desenvolverá imunidade contra a doença sem precisar contrair ela. Além disso, a imunização não só protege o público infantil, mas também ajuda a proteger outras pessoas que não podem receber vacinas, como recém-nascidos e indivíduos com sistema imunológico comprometido



Há várias doenças pelas quais as crianças precisam ser vacinadas, incluindo:
  • Sarampo: uma doença altamente contagiosa que pode causar complicações graves, como pneumonia, encefalite e morte. A vacina contra o sarampo é geralmente administrada como parte de uma vacina tríplice viral que também protege contra caxumba e rubéola.
  • Poliomielite: uma doença viral que pode causar paralisia permanente. A vacina contra a poliomielite é geralmente administrada como uma vacina pólio oral atenuada (VOP) ou uma vacina pólio inativada (VIP). 
  • Difteria, tétano e coqueluche: doenças bacterianas que podem causar tosse persistente, dificuldade para respirar, convulsões e morte. Nesses casos, a prevenção se dá pela vacina DTP.
  • Meningite: uma infecção que afeta as membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal. A vacina contra a meningite protege contra os subtipos do vírus causador da doença.
  • Rotavírus: uma doença gastrointestinal que pode causar diarreia grave e desidratação em bebês e crianças pequenas. A vacina contra o rotavírus pode prevenir essa doença.
  • Varicela ou Catapora : uma doença altamente contagiosa, causadora de  lesões na pele e podendo levar a complicações graves, como infecções secundárias e pneumonia. Uma vez adquirido o vírus Varicela-Zoster, a pessoa fica imune à catapora. A vacina contra a varicela pode prevenir essa doença.
  • HPV: um vírus que pode causar câncer de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus, orofaringe e verrugas genitais. A imunização é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
  • Influenza (gripe): uma infecção respiratória que pode causar febre, tosse, dor de garganta, dores musculares e fadiga. A vacina contra a gripe é recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses.
A vacinação infantil segue um calendário específico, com idades recomendadas para cada vacina e as crianças que perderam uma ou não são vacinadas na idade recomendada, ainda podem ser vacinadas posteriormente. “ É essencial que os pais consultem um médico especialista em vacinas e imunizações para obter informações precisas sobre as vacinas e as idades recomendadas para vacinação”, recomenda Marcela.